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sábado, 10 de outubro de 2015

TEM DE TUDO!


                                                             O BLOG DE OUTUBRO/2015


                                   "NÃO TENHAMOS PRESSA,MAS,NÃO PERCAMOS TEMPO..."
                                                                                                                            José Saramago


                                                                              GRANDES AUTORES                                            

                                                                                   PAUL VALÈRY                                  






"Se soubéssemos, não falaríamos nem tampouco pensaríamos". O elogio ao silêncio absoluto é bastante significativo, quando vem de um artista da palavra como Valéry.

Paul Valéry foi um misto de pensador e de poeta. Inseriu-se na linhagem de escritores transgressivos que tinham como expoentes Edgar Allan Poe e Stéphane Mallarmé.

Sua obra poética é considerada como uma das mais importantes da poesia francesa do século 20. Sua obra ensaística é a de um homem tolerante que depreciava as idéias irracionais e acreditava na superioridade moral e prática do trabalho. Recusava a metafísica e os sistemas filosóficos. Recusava aos historiadores, qualquer poder de ensinamento e de previsão, já que suas lições eram ultrapassadas pelos acontecimentos.

Rigoroso, Valéry se empenhou na busca de um método destinado a fazer da criação poética uma obra de precisão. O lirismo para ele não ia além do "desenvolvimento de uma exclamação".Paul Valery estudou direito em Montpellier, onde publicou suas primeiras poesias: "Sonho"(1889) "Elevação da lua" (1889), "A marcha imperial" e "Narciso fala". Sua amizade com Pierre Louis lhe abriu as portas literárias de Paris, onde conheceu André Gide e Mallarmé (1891), com quem teria uma grande amizade.

Seu amor não correspondido por Madame Rovira precipitou uma crise que o levou em 1892 a renunciar à poesia e a consagrar-se ao culto exclusivo da razão e inteligência. Em 1894 se instalou em Paris e no ano seguinte publicou ensaios filosóficos: "Introdução ao método de Leonardo da Vinci" e "Monsieur Teste", este último foi uma série de dez fragmentos onde expõe o poder da mente voltada à observação e dedução dos fenômenos.

Trabalhou como funcionário do Ministério da Guerra (1895) foi secretário particular de Édouard Lebey (1900-1920), um dos editores da agência Havas. Obteve grande notoriedade com a publicação do poema "A Jovem Parca" (1917) e dos volumes de versos "Álbum de Versos antigos (1920) e "Charmes" (1922) que inclui seu poema "O Cemitério Marinho" considerado o protótipo da "poesia pura" de Valery.

Em 1925 ingressou na Academia Francesa. Suas obras seguintes foram diálogos em prosa: "Eupalinos ou o Arquiteto" (1923) e "A Alma e a Dança" (1923). Posteriormente publicou uma recopilação de ensaios e conferências ("Variedades", 5 volumes, 1924-44) e uma série de obras como "Rumbas" (1926), "Analetos" (1927), "Literatura" (1929), "Consideração sobre o Mundo Atual" (1931) "Maus Pensamentos e Outros" (1941) e "Tal Qual" (1941-43). Foi também professor de poética e escreveu balés para teatro como "Semiramis" (1934)O livro "Degas Dança Desenho", publicado em 1936, aproxima literatura e artes plásticas e traça um perfil valioso de Edgar Degas (1834-1917). Valéry mistura reminiscências pessoais de caráter anedótico com análises críticas das questões estéticas levantadas pelo pintor e escultor.
*Extraído do Google

                                        PENSAMENTOS IDOS E VIVIDOS

Não Há Verdadeiro Sentido de um Texto

Não há verdadeiro sentido de um texto. Não há autoridade do autor. Quisesse dizer o que quisesse, escreveu o que escreveu. Uma vez publicado, um texto é como um aparelho de que cada um se pode servir à sua maneira e segundo os seus meios: não é certo que o construtor o use melhor do que outro qualquer. 

Paul Valéry, in 'A Propósito do Cemitério Marinho' 





                            UM POEMA ENTRE MUITOS



MORTE FALSA

Humilde, terno, numa tumba encantadora,

No monumento insensível,
Tanto de sombras, de abandonos, e de amores desperdiçados,
Que já se fazem em sua graça cansada,
Eu morro, eu morro em você, me caio e eu caio,
Mas dificilmente fico abatido embaixo do sepulcro,
Do qual a extensão das cinzas me convidam fundir-me,
Este óbvio morto, desses que ainda voltam a vida,
Tremores, dos olhos ativos, iluminados que mordam,
E sempre puxando-me para uma nova morte
Mais preciosa que vida,

OUTUBRO NA HISTÓRIA

DIA 3 -Independência do Iraque
DIA 6 -Implantação da República Portuguesa
DIA 8 -Prênio Nobel para José Saramago
DIA 21 -Thomas Alva Edson inventa a lâmpada elétrica


PARA NÃO PERDER



FESTA LITERÁRIA DE CACHOEIRA
DE 14 A 18 DE OUTUBRO