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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DECÁLOGO DO ESCRITOR


    Olá
Se você é escritor,está com vontade de ser ou já publica algumas coisinhas na Rede,leia esse decálogo.
Faz sentido!
Decálogo do escritor
Por Miguel Sanches Neto

I - Não fique mandando seus originais para todo mundo.Acontece que você escreve para ser lido extramuros, e deseja testar sua obra num terreno mais neutro. E não quer ficar a vida inteira escrevendo apenas para uma pessoa. O que fazer então para não virar um chato? No passado, eu aconselharia mandar os textos para jornais e revistas literárias, foi o que eu fiz quando era um iniciante bem iniciante. Mas os jovens agora têm uma arma mais democrática. Publicar na internet. Há muitos espaços coletivos, uma liberdade de inclusão de textos novos e você ainda pode criar seu próprio site ou blog, mas cuidado para não incomodar as pessoas, enviando mensagens e avisos para que leiam você.

II - Publique seus textos em sites e blogs e deixe que sigam o rumo deles. Depois de um tempo publicando eletronicamente, você vai encontrar alguns leitores. Terá de ler os textos deles, e dar opiniões e fazer sugestões, mas também receberá muitas dicas.

III - Leia os contemporâneos, até para saber onde é o seu lugar. Existe um batalhão de internautas ávidos por leitura e em alguns casos você atingirá o alvo e terá acontecido a magia de um texto encontrar a pessoa que o justifica. Mas todo texto escrito na internet sonha um dia virar livro. Sites e blogs são etapas, exercícios de aquecimento. Só o livro impresso dá status autoral. O que fazer quando eu tiver mais de dois gigas de textos literários? Está na hora de publicar um livro maior do que Em busca do tempo perdido? Bem, é nesse momento que você pode continuar sendo um escritor iniciante comum ou subir à categoria de iniciante com experiência. Você terá que reduzir essas centenas e centenas de páginas a um formato razoável, que não tome muito tempo de leitura de quem, eventualmente, se interessar por um livro de estréia. Para isso,
você terá de ser impiedoso, esquecer os elogios da mulher e dos amigos e selecionar seu produto, trabalhando duro para que fique sempre melhor.

IV - Considere apenas uma pequenina parte de toda a sua produção inicial, e invista na revisão dela, sabendo que revisar é cortar. O livro está pronto. Não tem mais do que 200 páginas, você dedicou anos a ele e ainda continua um iniciante. Mas um iniciante responsável, pois não mandou logo imprimir suas obras completas com não sei quantos tomos, logo você que talvez nem tenha completado 30 anos. Mas você quer fazer circular a sua literatura de maneira mais formal. Quer o livro impresso. E isso é hoje muito fácil. Você conhece um amigo que conhece uma gráfica digital que faz pequenas tiragens e parcela em tantas vezes. O livro está pronto. E anda sobrando um dinheirinho, é só economizar na cerveja.

V - Gaste todo seu dinheiro extra em cerveja, viagens, restaurantes e não pague a publicação do próprio livro. Se você fizer isso, ficará novamente ansioso para mandar a todo mundo o volume, esperando opiniões que vão comparar o seu trabalho ao dos mestres. O livro impresso, mesmo quando auto-impresso, dá esta sensação de poder. Somos enfim Autores. E podemos montar frases assim: Borges e eu valorizamos o universal. Do ponto de vista técnico, Borges e eu estamos no mesmo nível: produzimos obras impressas; mas a comparação não vai adiante. Então como publicar o primeiro livro se não conhecemos ninguém nas editoras? E aí começa um outro problema: procurar pessoas bem postas em editoras e solicitar apresentações. Na maioria das vezes isso não funciona. E, mesmo quando o livro é publicado, ele não acontece, pois foi um movimento artificial.

VI - Nunca peça a ninguém para indicar o seu livro a uma editora. Se por acaso um amigo conhece e gosta de seu trabalho, ele vai fazer isso naturalmente, com alguma chance de sucesso. Tente fazer tudo sozinho, como se não tivesse ninguém mais para ajudar você do que o seu próprio livro. Sim, este livro em que você colocou todas as suas fichas. E como você só pode contar com ele...

VII - Mande seu livro a todos os concursos possíveis e a editoras bem escolhidas, pois cada uma tem seu perfil editorial. É melhor gastar seu dinheiro com selos e fotocópias do que com a impressão de uma obra que não será distribuída e que terá de ser enviada a quem não a solicitou. Enquanto isso, dedique-se a atividades afins para controlar a ansiedade, porque essas coisas de literatura demoram, demoram muito mesmo. Você pode traduzir textos literários para consumo próprio ou para jornais e revistas, pode fazer resenhas de obras marcantes, ler os clássicos ou simplesmente manter um diário íntimo. O importante é se ocupar. Com sorte e tendo o livro alguma qualidade além de ter custado tanto esforço, ele acaba publicado. Até o meu terminou publicado, e foi quando me tornei um iniciante adulto. Tinha um livro de ficção no catálogo de uma grande editora. E aí tive de aprender outras coisas. Há centenas de livros de iniciantes chegando aos jornais e revistas para resenhas e uma quantidade muito maior de títulos consagrados. E a maioria vai ficar sem espaço nos jornais. E é natural que os exemplares distribuídos para a imprensa acabem nos sebos, pois não há resenhistas para tantas obras.

VIII - Não force os amigos e conhecidos a escrever sobre seu livro. Não quer dizer que eles não possam escrever, podem sim, mas mande o livro e, se eles não acusarem recebimento ou não comentarem mais o assunto, esqueça e não lhes queira mal, eles são nossos amigos mesmo não gostando do que escrevemos. Se um ou outro amigo escrever sobre o livro, festeje mesmo se ele não entender nada ou valorizar coisas que não julgamos relevantes em nosso trabalho. E mande umas palavras de agradecimento, pois você teve enfim uma apreciação. E se um amigo escrever mal de nosso livro, justamente dessa obra que nos custou tanto? Se for um desconhecido, ainda vá lá, mas um amigo, aquele amigo para quem você fez isso e aquilo.

IX - Nunca passe recibo às críticas negativas. Ao publicar você se torna uma pessoa pública. E deve absorver todas as opiniões, inclusive os elogios equivocados. Deixe que as opiniões se formem em torno de seu trabalho, e talvez a verdade suplante os equívocos, principalmente se a verdade for que nosso trabalho não é lá essas coisas. O livro está publicado, você já pensa no próximo, saíram algumas resenhas, umas superficiais, outras negativas, uma muito correta. Você é então um iniciante com um currículo mínimo. Daí você recebe a prestação de contas da editora, dizendo que, no primeiro trimestre, as devoluções foram maiores do que as vendas. Como isso é possível? Vejam quantos livros a editora mandou de cortesia. Eu não posso ter vendido apenas 238 exemplares se, só no lançamento, vendi 100, o gerente da livraria até elogiou – enfim uma vantagem de ter família grande.

X - Evite reclamar de sua editora. Uma editora não existe para reverenciar nosso talento a toda hora. É uma empresa que busca o lucro, que tem dezenas de autores iguais a nós e que quer ter lucro com nosso livro, sendo a primeira prejudicada quando ele não vende. Não precisamos dizer que é a melhor editora do mundo só porque nos editou, mas é bom pensar que ocorreu uma aposta conjunta e que não se alcançou o resultado esperado. Mas que há oportunidades para outras apostas e, um dia, quem sabe...Foi tentando seguir estas regras que consegui ser o autor iniciante que hoje eu sou.


Miguel Sanches Neto é paranaense, natural de Bela Vista do Paraíso, onde nasceu em 1965. Aos quatro anos, ficou órfão de pai e passa a viver em Peabiru, no mesmo estado, onde estudou em colégio agrícola e chegou a trabalhar na agricultura. Mais tarde, formou-se em Letras. É doutor em Teoria Literária (Unicamp – 1998) e professor de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR). Crítico literário da Gazeta do Povo (PR) e da revista Carta Capital, o autor vem recebendo críticas favoráveis à sua obra, como a recentemente publicada sobre o romance “Um amor anarquista”, lançado em 2005 pela Record e que o consagrou como “o melhor autor da sua geração”, de acordo com artigo do jornalista Mario Sabino, da revista Veja (24/08/2005).  Recebeu o Prêmio Nacional Luis Delfino pelo livro “Inscrições a giz” (FCC, 1991) e o Prêmio Cruz e Souza/2002 por “Hóspede secreto” (contos, Record, 2003).


FELIZ NATAL PARA VOCÊ TAMBÉM!


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PORTUGAL,MEU AVOZINHO!



 Brasileira por nascimento e portuguesa  de  coração,quero  fazer uma louvação à Portugal.
 Se estivesse lá , na terrinha,certamente estaria em Guimarães,berço da nacionalidade,recordando Afonso Henriques,a batalha de Aljubarrota,cantando cantigas d’amor ou cantigas d’amigo,nos vetustos  salões do castelo,esperando,quem sabe,por milagre,cruzar com Dom Afonso indo ás cavalariças,para espairecer um pouco,entre os queridos animais,das intrigas da Corte.Uma palavra eu tenho  na ponta da língua quando avisto Guimarães:Reverencia.!
Uma interrogação no olhar,uma ânsia de saber,quem foram realmente essas pessoas,por que nasceu esse homem,por que lutou, em nome de que ideal,  morreu!?
Se eu morasse no Minho,certamente seria chamada de caçarelha,que lá é pessoa tagarela,que  tudo quer saber e não guarda segredo.
O castelo visto de fora parece maior.
Há pedras do tempo de Dom Fernando e madeira mandada armar pela condessa Mumadona,mas,há também restaurações recentes;mas,não tem jeito,eu mergulho,de cabeça no rio da historia.quero saber,imaginar,quais foram os antepassados desse povo heróico,marítimo,viajeiro, esse povo que está bem em qualquer lugar,mas,não esquece sua gente,sua pátria,esse jardim á beira-mar plantado;esse povo que inventou o fado,a saudade ,o caldo verde,esses gigantes que construiram os Jerônimos,esses navegadores imortais que alargaram o mundo,fazendo dele seu quintal.
A historia ainda se faz presente em Guimarães;o passado está lá,nas mesmas pedras brutas que sentiram os pés de D.  Afonso e por onde passaram   também os antonios,os manueis,os álvaros,os josés,as  marias,toda a raça portuguesa,rija e forte,fibra de conquistadores.Gostaria de dormir numa água-furtada em frente à Praça do Toural.
 Vento, céu, solo, sol são os mesmos; ;e eu,tão pequenininha diante de tanta magnitude,sinto uma alegria imensa de estar aqui, louvando o que deve ser louvado,amando de paixão esta terra e este povo,meus ancestrais,feitos de lágrimas,sangue e saudades.
Portugal,jardim da Europa, á beira-mar plantado, meu coração é vosso!
COM A PALAVRA,O LEITOR!

Paulo Martins

 11:52 (8 minutos atrás)
Sentimo-nos pequeninos mesmo cara Miriam diante de tanta beleza e grandiosidade! Os Manueis, Joaquins e Marias agradecem sua reverência. Parabéns.


Eta,baiana de grandeza,essa nossa Miriam.Mais uma pérola do seu arquivo cultural.Beijos,amantissima amiga.
Cezar Ubaldo,poeta baiano.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

COMO FOI PROCLAMADA A REPÚBLICA NO BRASIL



Muitas vezes, na história do mundo,pequenos fatos podem desencadear acontecimentos notáveis.É claro, que,minúsculos acontecimentos não detectados no dia a dia vão se acumulando como mágoas até que explodem aos borbotões sem que a gente espere ou perceba,mudando o “establishment” de uma hora para outra.
Assim aconteceu com a queda da Monarquia brasileira e a proclamação da República.
Uma questão militar, seguida de um levante geral das tropas de terra e mar foi a causa imediata dessas mudanças no tecido político brasileiro.Mas.os acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foram apenas a gota d’água que transbordou o copo da insatisfação social vigente.
Herdamos a Monarquia de Portugal, regime comum aos Estados europeus em que a uma pessoa bastava ter sangue real para ter o direito de administrar um país;para isso,desde pequenininho era preparado e educado para aquela função.
Nosso imperador Pedro II, homem de extremo saber,era amado pelo seu povo,mas,a sucessão preocupava a todos,já que o nosso imperador já era um homem idoso e planejava abdicar em nome de sua filha,Isabel e descansar em Paris para fazer o que mais gostava:estudar,fotografar e conviver com a sociedade científica,longe dos problemas do poder.
Acontece, que o marido de Isabel,o Conde D’Eu era” persona non grata” aos brasileiros e a princesa não contava com a confiança do povo.
Apesar de ter assinado a Lei Áurea que extinguia a escravidão,ou por causa desse fato que irritou os grandes fazendeiros de S.Paulo e Minas,o povo não apoiava a princesa.
Conta-se que,assinada a Lei Áurea,o Visconde de Ouro Preto lhe disse:
-A senhora libertou um povo, mas, perdeu o trono.
Então,veio a questão militar;há muito os quartéis mostravam sinais de inquietação influenciados pela maçonaria e pelo positivismo em voga na época e alguns atos monarquistas punindo oficiais só acirrou os ânimos.
Entre eles estava o Marechal Deodoro da Fonseca, militar respeitado e admirado pela tropa ,mas,também respeitador da lei e amigo pessoal do Imperador.Graças a essa posição,seus colegas de farda o incumbiram de ir ao Palácio pedir à D. Pedro a revogação das punições.
O Governo cedeu face às pressões, inclusive,do Senado.Mas,as relações entre o Governo e o Exército não melhoraram.
A propaganda republicana antes confinada a clubes fechados e ti-ti-tis caseiros ganhou as ruas.
Quintino Bocaiúva,Silva Jardim, Lopes Trovão,Nilo Peçanha escreviam artigos magistrais;Campos Sales,Prudente de Morais pregavam abertamente a República,em S. Paulo.Benjamim Constant,positivista emérito fazia inflamados discursos na Escola Militar.
E, acima de todos,impressionando o espírito público e conquistando as classes armadas, o baiano Rui Barbosa,a “Águia de Haia”,escrevia artigos disputadíssimos no Diário de Notícias,lidos pela elite brasileira.
No decorrer do ano de 1889 ,o Gabinete presidido pelo Visconde de Ouro Preto começou a tomar certas medidas que preocuparam o Exército.Ele aumentou o corpo de polícia e organizou a Guarda Nacional além de remover da Capital todo um corpo da Infantaria;além disso,trocou os comandos e excluiu vários oficiais importantes das solenidades públicas;ficou patente que o Gabinete queria desestabilizar o Exército.
A Conspiração Militar ganhou força e foi para as ruas.
A República foi feita, sem a menor resistência.
O Império Brasileiro que durou 65 anos vinha desgastado pela sucessão de governos imperiais desacreditados e pelos partidos políticos sem mensagens novas que se eternizavam no poder: o Partido Liberal e o Partido Conservador.Este último há tempos no poder não oferecia solução para os graves problemas do país.
O Imperador deposto foi para a Europa e os principais nomes que apoiaram o movimento tomaram o poder.
A palavra república vem do latim e significa (res) coisa (publica) do povo.
Uma convulsão social de proporções acompanhou a chegada deste movimento, sendo o mais importante a Guerra de Canudos.


COMENTÁRIOS:
Belo artigo Miriam.
Talvez você consiga resolver uma duvida que nunca consegui esclarecer: o nome "proclamação" da república foi adotado, mas poderia ter sido "golpe", "conspiração" ou até um patriótico "revolução republicana". Você saberia dizer em que ano se tornou corrente esse nome "proclamação" para designar o golpe que derrubou d. Pedro II?

Cleber Resende · Belo Horizonte (MG) · 19/11/2009 18:06

Artigo histórico. Bom para relembrar o berço de nossa trajetória republicana.

Paola Rhoden · Brasília (DF) · 20/11/2009 22:19

maravilha de texto, bom final de semana.

O NOVO POETA.(W.MARQUES). · Franca (SP) · 21/11/2009 18:07

Outra aula da Miriam, mas dependesse de mim continuariamos uma monarquia, parlamentar, ficando livre de um monte de picaretas oportunistas que governaram o braziu... Picaretas por picaretas os reiseprincipes são mais charmosos...

Pedro Galuchi · São Paulo (SP) · 26/11/2009 17:41

Baiana! Estou cá. Lí seu texto e relembrei meus primeiros anos de escola.Bonito. Leio muito história e gosto. Gostaria que escrevesse algo no seu estilo sobre Hamsés ll. Faraó do Egito antigo. Prabêns pelo trabalho. Um abraço.
Geraldo Edimar · Jaíba (MG) · 16/12/2009 18:14

 16 nov (4 dias atrás)

Nossos aplausos por tão esclarecedor e oportuno texto, cara Miriam!

Grande abraço e ótima semana

Paulo Martins



19/11/10 23:34 - Zélia Maria Freire


É, bem que se está precisando de uma sacudidela para acordar o nosso

patriotismo que anda em baixa. Valeu Miriam. beijo de zélia


















segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A BANALIDADE DO MAL



Aproveitei o título deste magnífico livro da filósofa judia Hannah Arendt para expor meus pensamentos acerca do racismo,um dos três filhos de Leviatã e um dos mais obscuros sentimentos que podem brotar do ser humano.

Juntamente com seus irmãos malditos,o imperialismo e o niilismo,o racismo divide povos,causa guerra destrutivas e,muitas vezes,como um Júpiter raivoso,volta-se contra seus próprios filhos.Como vemos agora desencadeando-se na Internet,contra os nordestinos,resultado de uma campanha política baseada no ódio aos “diferentes”,capaz até de nos levar a uma guerra civil.Essa campanha parte de um segmento da classe média baixa,aquela que não enriqueceu e,frustrada nos seus objetivos tem raiva dos pobres e do migrante.Teme que as atuais políticas públicas para o Nordeste lhes tire os privilégios que consideram direitos adquiridos.Assim,chamam o “bolsa família de bolsa 171”.Essas considerações são comuns aos novos ricos,aqueles que ascenderam social,mas,não culturalmente e que não admitem mais gente ascendendo à classe média,mais gente forçando os portões desse clubinho fechado,privilégio de poucos.Assim, temerosos,diminuem os outros para validarem sua importância.

Segundo o antropólogo Roberto Albergaria ,”o imaginário popular acha que o Sul e o Sudeste representam a industrialização;o Norte,a natureza e o Nordeste a miséria,a ignorância e o analfabetismo.”Ignoram que foi este último que criou a adorável cultura do Nordeste;”por não saber se expressar de modo acadêmico,o nordestino criou um linguajar próprio,uma cultura oral,corporal e gestual,que é um tesouro e não existe no Sul.”

O racismo e seu descendente – o preconceito – contra os nordestinos vem de longa data;já dura quase duzentos anos e começou logo após a abolição da escravatura quando levas de imigrantes estrangeiros ,colonos fugidos de suas terras empobrecidas que os não podia sustentar,aqui chegaram em navios malcheirosos e imundos,tentando “fazer a vida” neste paraíso chamado Brasil.

Por um motivo climático preferiram ficar nos países do Sul e Sudeste.

Ai,com trabalho e determinação construíram um invejável patrimônio e mudaram a cara do país;queriam ganhar dinheiro,o ter acima do ser,diferente dos povos do Nordeste,cuja filosofia de vida era a busca da felicidade,que para nós,consiste num trabalho constante,mas,não ,escravo e nosso conceito de bem – estar significa a paz consigo mesmo,apreciar um pôr do sol ,que é de graça,afogar as mágoas no Carnaval,música,sol e cerveja.

Brasileiros de descendência portuguesa,mesclado com os negros que ajudaram a formar esta nação,sem quase nenhuma influencia estrangeira,incomodava os recém-chegados que queriam impor à terra que gentilmente os recebeu,seus costumes e valores.

De meros imigrantes ,graças ao poder do dinheiro que aqui conquistaram,passaram a donos da terra.Esses valores e essas idéias de predomínio da raça ariana,legaram a seus descendentes,alguns como aquela infeliz personagem do twitter,beberam o leite materno,misturado com ódio aos “diferentes.”

Meu desespero contra a vitória da tucanada era por causa disto;estava vendo nosso país à beira de uma guerra civil.

Os acontecimentos subseqüentes provaram que eu estava certa.

Nosso povo nordestino recebe ,de braços abertos,qualquer brasileiro,porque sabe que todos são irmãos.Nosso clima,nosso sol,nosso mar azul,nosso conceito de felicidade ,nos torna indivíduos abertos a novos credos políticos ou religiosos,a novos valores,que respeitamos,á concórdia e a conciliação.

“Deixa a vida de Quelé” é nosso lema.

Tempos bicudos fazem crescer o racismo e o preconceito,pois,ambos brotam da insegurança,da inveja e do medo de perder poder e influência;foi assim na Alemanha pós-guerra quando a burguesia empobrecida ajudou a criar e solidificar o nazismo;é assim na África,berço de todas as raças,mas,que sofre sobre a bota do colonizador e nunca se encontrou como nação. A França,país da liberdade.igualdade e fraternidade,começou um expurgo de estrangeiros,receosa do domínio mulçumano no seu meio,pois,eles são superiores em número e podem fazer nossa civilização ocidental branca simplesmente desaparecer num curto período de vinte anos.

Voltando ao Brasil,cabe -nos combater esse preconceito.Somos um grande povo e uma grande nação.E é justamente deste cadinho de raças que formaram o povo brasileiro que brotou este poderoso país de fortes e bravos.


PALAVRA DO LEITOR:

06/11/2010 01:31 - Luconi


Querida amiga quero te agradecer a visita e comentário tão carinhoso, agora estou com você, todo tipo de preconceito deve ser banido, a igualdade entre todos com certeza é o que deve imperar, parabéns pelo teu grito de revolta a ele eu me uno, beijos Luconi

Para o texto: CONTRA O RACISMO! (T2594511)

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Bloquear05/11/2010 15:07 - Dante Marcucci

Estou contigo, sem duvidas! Os "racistas" deveriam sem banidos da terra, onde não ha lugar para atitudes cretinas como esses preconceitos. Parabens pela iniciativa. Um beijo (perdoe não estar comentando...mas não te esqueci...é aperto mesmo)

Para o texto: CONTRA O RACISMO! (T2594511)

04/11/2010 21:24 - Alzira Camillo *

EH! VC É FILHA DE DEUS E EXCELENTE EM TUDO QUE FAZ...QUANDO TIVER DEPRIMIDA LEIA AS ESCRITURAS OU MELHOR A BIBLIA E VERÁS QUE FICARÁS FELIZ.JESUS É O CAMINHO A VERDADE E A VIDA.COLOQUE-O EM PRIMEIRO LUGAR NA SUA MARAVILHOSA VIDA....

Para o Livro de Visitas

03/11/2010 16:27 - layane castro ,estudante*


gostei muito do texto, ele é uma das formas de mostrar para as pessoas que todo mundo é igual, o racismo nada mais é do que uma falta de carater e consciencia.Não existe raça negra... existe raça humana!nao sou negra, mais sou um ser humano.

CEZARUBALDO CEZAR´poeta baiano 15:29 (2 horas atrás)
Caríssima,Miriam,que bom poder estar próximodos seupensar,que bom poder contar com a leitura dos seus textos tão organizado literariamente e tão grandiosos no sentido social,a partir de uma denúncia recheiada de sabedoria.Que pena que os sudestinos e sulistas não saibam nada da grandiosidade de nós,nordestinos,que servimos,históricamente,como base para o alanvacamento do progresso desse gigante chamado Brasil.Todos nós,com o ardor nordestino,com a competência técnica e com o compromisso social e politico que temos,vamos mostrar,através do nosso conhecimento cientifi,do nosso amor por esssas terras,que somos importantes para o Brasil,sim,sem alijarmos ou tentarmos ridicularizar os nossos irmãos de outras regiões.Vamos usar a rede para mostrarmos a excelência que é o nordeste,que produz a fina flor da musica,do teatro,da arquitetura,da engenharia(vide século 19 em que engenheiro baiano vai para o sul construir importantes pontes em Santa catarina e outras cidades),aí,a demonstração da genialidade nordestina,dsa medicina,dos esportes,da literatura,enfim,a cada ano,a cada década,mostramos porque o nordestino,ou o sertanejo é um forte.Viva Miriam Sales,escritora brasileira de mão cheia.Beijos,amada.




Comentário de José Safrany Filho 9 horas atrás
Parabéns, Miriam S. Oliveira, belo artigo para deixar bem estabelecido o que é viver em harmonia, civilizadamente, respeitando os diferentes! Aqui, no Brasil, temos, praticamente, gente de todos os quadrantes, culturas, línguas e costumes diferentes, além de nossos irmãos de outros estados, que só colorem positiva e alegremente este amplo caleidoscópio humano. Enquanto isso, os ditos branquelos de ideologia direitista, para dizer o mínimo, estão cheios de xenofobia, racismo e preconceitos, além de terem promovido e promovem, ainda, em muitos lugares a discórdia e as guerras, com suas crias e aliados na parte norte de nosso Continente.

Temos que evitar e banir esse espírito que tentam nos impingir via demo-tucanos e aliados!
Viva a concórdia, a solidariedade e a alegria desse nosso Brasil irmanado com nossos irmãos latinoamericanos, caribenhos e todos os que nos respeitam, como nós a eles!!! . Comentário de Miriam de Sales Oliveira agora mesmo





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

MULHERES,CHEGUEI!



Pode-se graduar a civilização de um povo pela atenção, decência e consideração com que as mulheres são educadas, tratadas e protegidas."



(Marquês de Maricá)



Confesso prá vocês,tenho recebido muitas bênçãos nesta vida.Ontem,recebi mais uma,importantíssima.Tive o direito de ver uma mulher presidente do Brasil,a primeira em 121 anos de república.

Independente de quem goste ou não de Dilma Rousseff,a filha de um imigrante búlgaro e de uma bela mineira,que chegou tão alto,não se pode negar que foi uma conquista!Principalmente,por ela nunca ter um cargo eletivo,e,por isso,entrar virgem na política e no mais alto cargo do país.

Foi o Lula!,gritam os descontentes e os machistas(pude saborear as caras de horror de dois jornalistas da Globo News,quando viram o “consumatus est”).

Foi.Mas,não terá sido só o apoio do líder inconteste do povo brasileiro.Bachelet não fez seu sucessor; voltando há um passado mais remoto,o Imperador Pedro II, não emplacou a filha,a Princesa Isabel,responsável pela Lei Áurea,como sua sucessora;Getúlio,outro grande líder,suicidou-se.

Vocês vão morrer de rir,mas,eu acho que aquela mocinha barbaramente torturada e estuprada nos porões da ditadura e que não delatou seus companheiros,aquela mulher obscura,durante anos no anonimato,aquela guerreira,capaz de reduzir a zero um senador nordestino numa sabatina no Congresso,aquela senhora que recentemente lutou contra um câncer com sinceridade e coragem,é uma predestinada.

Diante dela ,eu só tenho uma palavra:Respeito.Reverencia!

E só peço ao Grande Arquiteto,aquele que escreve certo por linhas tortas,que a proteja,ajude e ilumine.

Sob seus frágeis ombros repousa uma grande responsabilidade; sendo a primeira presidenta – ela faz questão de ser chamada assim – tudo lhe será cobrado,nada lhe será perdoado.Num país onde a agressão às mulheres é um câncer social;onde garotinhas são prostituídas,onde muitas mulheres são chefes de família, e, - vamos falar claro, - os homens falharam em cento e vinte e um anos de governo,conduzir nosso país ao seu destino de glórias, será um tremendo desafio.

Mas,acho que ela se sairá bem.

Chamam-na de bruxa e ela foi eleita no dia das bruxas.Pois é,as bruxas são mulheres sábias,que conduzem com critério e segurança suas comunidades.Por isso são tão perseguidas pelos homens,seja os completos ou os capados que se vestem de saias.Foram queimadas nas fogueiras da Inquisição;hoje,são queimadas e trituradas na sua honra pelos torquemadas que esparzem calúnias ao sabor dos ventos.

Assim é a vida.

Pois,como diz a música,os homens são dependentes e carentes da força da mulher!

*Torquemada,sinistro torturador da Idade Média.

PALAVRA DO LEITOR:

01/11/10 10:33 - Silvanio Alves


Como tu, também minha alma exulta de alegria por este momento ímpar da

história!! Lindo artigo, poetisa!!



Cláudia Mesquita também comentou seu status.


Cláudia escreveu:

"Miriam, adorei o seu artigo. Parabéns! Merece ser mais divulgado aqui. Postei um comentário mas não sei se saiu e já iinseri o Contos e Causos nos meu favoridos. Um dos perfis da Dilma mais sinceros e sensíveis que já li.

Um beijo e obrigada."


Mirokca, realmente, a Dilma Rousseff, foi eleita no dia das bruxas. Inegável a conexão entre a visáo do dia com a das" mulheres cheguei"Metaforicamente, no tangente a imagem da bruxa popularizada e sentada numa vassoura voadora do LULA... Sabe, Mirokca, agora só nos resta esperar que a bruxa DILMA faça realmente crescer aos olhos de uma nacão brasileira o conhecimento sobre a natureza humana, para que seu poder em Brasilia seja soberano; ha um pais com baixo nivel de educacão como um todo. Afinal, os bruxos e as bruxas costumam ser pessoas alem de sábias, tambem muito religiosas , não é mesmo? ??? Sendo assim, deixo aqui meu pedido em TEMPLOS INTERATIVO, que a Dilma viva esses 4 anos com um olhar atencioso ao caminho da realizacão das diferentes realidades no campo educacional, na formacão do docente. Porque povo instruido e povo competente , critico, desafiador e esclarecido... Ao contrario , de uma boa parte da populacão sou favoravel que se `ensine` a pescar, e nao que se forneça o peixe ja frito!! BJNS. Solange.

Solange Gomes da Fonseca · Curitiba (PR) · 1/11/2010 15:36,professora e escritora


MIROKCA, Independente de partido politico, está aí a primeira Presidenta do Brasil, em que pese todos os julgamentos que sempre existiram, pois como já sabemos em política nao se agrada nem gregos e nem troianos, mas se ela, pensar como ´´mulher´´ acredito que EDUCAÇAO E SAUDE teem que ser prioridade nr. 1.
Esperemos que assim seja.Sandra,via Portal Literal



CEZARUBALDO CEZAR ,poeta baiano

Minha grandiosa e sábia mulher amiga Miriam Sales,o seu texto é tão esplendoroso que ao lê-lo,arrepiei-me de emoção.A sua opinião é a mesma que tenho,amada amiga.Mulher de fibra,Dilma ,com certeza,honrará o Ser Mulher,na Presidência do Brasil.E,para os que desejam que dê tudo errado,mas do que certeza,tenho a convic~ção de que a nossa presidente ou presidenta(também está certo) fará um governo de respeito,de coragem,de harmonia e sucesso,para calar a boca de tantos imbecis que há em nosso país.

Vida longa à nossa Presidente.Que a escolha dos seus assessores seja abençoada por Deus.E tudo dará certo.E,eu,Poeta nascido de Mulher,homenageio a Mulher eleita Presidente,com um sorriso largo e uma rosa entre os dentes para sentir a firmeza dessa honrada mulher que só faz com que,nós brasileiros de todas as raças e credos nos sintamos felizes de sermos Brasil.Beijos,amada.



primeira mulher presidente eleita. A primeira candidatura e o sucesso eleitoral. Esperemos que ela faça um bom governo e seja bem sucedida. De alguma maneira, o inédito se faz presente. Uma mulher é diferente de um homem. O seu artigo traz expectativas femininas de governo. Interessante. Abraços.


Yayá · Curitiba (PR) · 1/11/2010 21:51


02/11/10 19:51 - Ivone Alves SOL,professora e poetisa


Moça!!! Com essa tua empolgação, eu que não pude assistir ao momento

do resultado oficial, vibro como se tivesse acabado de sabê-lo. É, sem

dúvida, uma vitória histórica e merecida. Trata-se da vitória de um

país que já não se permite ao regresso nem fica omisso às suas

necessidades. Torceremos para que nós, mulheres, sejamos bem

representadas por Dilma, através de ações que atendam a todos

independente de sexo, raça ou credo. Parabéns pelo brilhante artigo!

Um beijo grande!


DEIXO AQUI MEU VOTO À VOCÊ MULHER ESCRITORA E SÁBIA!!!

Solange Gomes da Fonseca · Curitiba (PR) · 3/11/2010 12:43



feminino vem sendo abafado através dos séculos. Nenhuma outa data poderia ser mais adequada, as sábias bruxas batem o martelo em agradecimento. Numa cultura machista Dilma vence, e do lado de lá cito Obama. Dois tapas na história. Parabéns! Votado. bjs

VaninhaLopez · Pouso Alegre (MG) · 3/11/2010 13:32

É, as mulheres estão conquistando mais e mais espaços, merecidamente, claro. Num futuro, não muito distante, o mundo será comandado pelas mulheres. E, creio, será ótimo. Sempre gostei de ver mulheres no comando.
Parabéns pelo texto.
Laé de Souza,São Paulo



E que ela leve para o desempenho do cargo, pelo menos, a argúcia e a organização que permeia o lado feminino, sem descuidar da graça e da beleza que - creio eu - só o feminino consegue transmitir. Votado.

Pedro Du Bois · Itapema (SC) · 4/11/2010 00:26