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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Entrevistas na Bienal do Livro de Minas 2010

INTELECTUAIS BRASILEIROS E OS ESCRITORES POPULARES


O BRASIL E OS INTELECTUAIS


Entre os dias 26 e 27 de maio estive num seminário sobre Jorge Amado , bancado pela Companhia das Letras e que contou com mediadores e palestrantes ,acadêmicos paulistas e baianos,além de escritores e jornalistas.

Fui representando a Câmara Baiana do Livro,mas,iria de qualquer jeito,mesmo recém – chegada da Bienal de Minas,pois os temas eram importantíssimos e a equipe,excelente.

Sem contar que,lá estava o José Eduardo Agualusa,escritor angolano de boa cepa que eu sempre quis conhecer.

Os temas foram variados; tratou-se desde as capas e traduções dos livros do autor,espalhadas pelo mundo todo,até suas preferências políticas,seus personagens inesquecíveis,como Dona Flor e Quincas Berro D’água,o sincretismo da sua obra e até o comentado “aburguesamento” do escritor, desde a revolução de 64.

Tive a sorte de conhecer o Jorge e a Zélia , através de um amigo comum,Mirabeau Sampaio,mas,- helás- nunca ficamos íntimos,primeiro e sobretudo pela minha natural timidez que me impedia de me achegar aos famosos,pois sei,como a abordagem é antipática.

Relendo páginas do seu livro auto-biográfico “Navegação de Cabotagem”,encontro textos que bem definem o escritor e o homem,ambos coerentes um com o outro.

Selecionei este:

“Os intelectuais da elite brasileira,os de esquerda e os de direita,irmãos gêmeos na pretensão e na tolice,uns quantos imitam os europeus,a maioria é fotocópia dos ianques,de brasileiros não têm quase nada;mesmo livresco e limitado,o saber os coloca acima da cidadania,sentem-se superiores,repudiam a criação popular,viram a cara,tapam o nariz á rua,á praça,ao folclore,o povo fede e eles são uns senhoritos.”

Descobriram agora,meus leitores porque o Jorge nunca pertenceu `Academia Brasileira de Letras?

A Academia odeia escritores que vendem livros ,acha que os campeões de venda são escritores “menores”,de segunda, e prefere apoiar os “mestres e doutores”,que escrevem em academês e o povo não entende nem lhes compra os livros.

Agora , até que mudou um pouco seu conceito,mas,a meu ver,para pior,pois o fardão é vestido por “globais” , e autores de obras menores e pouco importantes,tais como coletânea de frases e assuntos musicais,ou biografias escandalosas.

Jorge Amado , Darcy Ribeiro,claro,não teriam vez.Nem esta escriba que escreve essas mal – traçadas,sempre em linguagem popular,mas,que,pelo menos,vende livros.

Existem escritores brasileiros que amam a brasilidade, como Antonio Torres , Antonio Cândido, o quase esquecido Adonias Filho,criadores da cultura mestiça do Brasil com S e existem os outros, que repetem de oitiva o discurso importado e bestialógico,como diz Jorge.



domingo, 30 de maio de 2010

LER DEVIA SER PROIBIDO!


Ler devia ser proibido


06/11/2007 in Leitura, Livros
Tags: Leitura, ler, Livros



Não poderia deixar de tornar conhecido,o esclarecedor texto da historiadora Guiomar de Grammont,que bem merecia ser mais divulgado,para que todos tomassem conhecimento e começassem a pensar.


Texto de Guiomar de Grammont
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Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?

Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.

Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.

O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.

Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.

Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»

Guiomar de Grammont


SOBRE A AUTORA:

Vida:




Brasileira, de Ouro Preto, Minas Gerais.

Nasceu a 03 de outubro de 1963.



Graduada em História, Licenciatura Plena e Bacharelado, pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais. Cursou Especialização em Cultura e Arte Barroca no Instituto de ARte e Cultura da mesma Universidade. Realizou o Mestrado em Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, cursa o Doutorado em Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo, USP, sob orientação do professor João Adolfo Hansen. Frequentou os cursos da Ecole de Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris durante o ano de 1999 e primeiro semestre de 2000, sendo orientada pelo professor Roger Chartier.



Obteve «Menção Honrosa» na categoria Contos no 22º Concurso da Revista Literária da Faculdade de Letras da UFMG, com o conto «O Diário de Medéia», em 1989.



Publicou o livreto de contos Corpo e sangue, Belo Horizonte: Editora Dez Escritos, 1991.



Concorreu a uma bolsa da Fundação VITAE em São Paulo, com o projeto do romance intitulado A casa dos espelhos, sendo um dos contemplados para o ano de 1992. O romance, com o título Katábasis, produzido com o patrocínio da VITAE, ficou entre os dez finalistas do prêmio Cidade de Belo Horizonte, em 1995.



A coletânea de contos de sua autoria O fruto do vosso ventre foi agraciado com o «Prêmio Casa de las Américas 1993» de Cuba, publicada no mesmo ano em Havana pela Casa de las Américas, e no Brasil, em São Paulo, pela Editora Maltese, em 1994. O livro já foi traduzido para o alemão e, atualmente, está sendo traduzido para o francês.



Publicou artigos em diversos jornais e revistas científicas do país. Coordenou, de 1995 a 1998, o Curso de Especialização em Cultura e Arte Barroca no Instituto de Filosofia, Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente, faz a editoração da Revista do IFAC, uma publicação sobre cultura e arte barrocas da UFOP e leciona Filosofia da Arte para os cursos de Filosofia e Teatro. Organizou dois congressos internacionais sobre o barroco na cidade de Ouro Preto e, na Embaixada do Brasil em Paris, o Colóquio «Autour du Brésil Baroque» na ocasião da Exposição «Brésil Baroque: Entre Ciel et Terre» realizada no Museu do Petit Palais em Paris de 4 de novembro de 1999 à 4 de fevereiro de 2000.



Realizou leituras com sucesso de público na Casa de las Américas de Cuba, na Romanische Buchandlung em Berlin e na Cité Internationale Universitaire de Paris.



















sexta-feira, 28 de maio de 2010

OS DEZ MANDAMENTOS DO HOMEM MODERNO




Segundo o escritor Richard Dawkins que considera os dez mandamentos cristão incompatíveis com a nossa época, os dez mandamentos do homem moderno (que ,na realidade são quatorze) deveriam ser estes que ele escreveu no seu excelente livro”Deus um delírio” que devia ser degustado pelas cabeças pensantes desse mundo,cabeças que não estivessem comprometidas por um fundamentalismo burro e hostil como percebemos na sociedade de hoje.

*1-Não faça aos outros o que não quer que façam a você.

*2-Em todas as coisas , faça de tudo para não causar o mal.

*3-Trate os outros seres humanos com amor,honestidade,fidelidade e respeito.

*4-Não ignore o mal nem evite administrar a justiça,mas,sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.

*5-Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.

*6-Sempre tente aprender algo novo.

*7-Ponha tudo á prova:Sempre compare suas idéias com os fatos,e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais arraigada se ela não se adequar a eles.

*8-Jamais se autocensure ou fuja da dissidência; sempre respeite o direito dos outros de discordar de suas idéias.

*9-Crie opiniões independentes com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência;não se permita ser dirigido pelos outros.

*10-Questione tudo.

*11-Aproveite sua própria vida sexual desde que ela não prejudique outras pessoas e deixe que cada um aproveite a deles em particular,sejam quais forem as inclinações de cada um,que não nos interessam.

*12-Não discrimine nem oprima com base no sexo,na raça ou na espécie.

*13-Não doutrine seus filhos.Ensine-os a pensar por si mesmos,a avaliar as provas e a discordar de você.

*14-Considere um futuro numa escala de tempo maior que a sua.

Há muito já seguia tudo isso,por instinto.Prefiro ser pastor,não ovelha e sempre conduzir minha própria vida.

#Extraído do livro “Deus,um delírio” de Richard Dawkins.


Segundo o escritor Richard Dawkins que considera os dez mandamentos cristão incompatíveis com a nossa época, os dez mandamentos do homem moderno (que ,na realidade são quatorze) deveriam ser estes que ele escreveu no seu excelente livro”Deus um delírio” que devia ser degustado pelas cabeças pensantes desse mundo,cabeças que não estivessem comprometidas por um fundamentalismo burro e hostil como percebemos na sociedade de hoje.

*1-Não faça aos outros o que não quer que façam a você.

*2-Em todas as coisas , faça de tudo para não causar o mal.

*3-Trate os outros seres humanos com amor,honestidade,fidelidade e respeito.

*4-Não ignore o mal nem evite administrar a justiça,mas,sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.

*5-Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.

*6-Sempre tente aprender algo novo.

*7-Ponha tudo á prova:Sempre compare suas idéias com os fatos,e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais arraigada se ela não se adequar a eles.

*8-Jamais se autocensure ou fuja da dissidência; sempre respeite o direito dos outros de discordar de suas idéias.

*9-Crie opiniões independentes com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência;não se permita ser dirigido pelos outros.

*10-Questione tudo.

*11-Aproveite sua própria vida sexual desde que ela não prejudique outras pessoas e deixe que cada um aproveite a deles em particular,sejam quais forem as inclinações de cada um,que não nos interessam.

*12-Não discrimine nem oprima com base no sexo,na raça ou na espécie.

*13-Não doutrine seus filhos.Ensine-os a pensar por si mesmos,a avaliar as provas e a discordar de você.

*14-Considere um futuro numa escala de tempo maior que a sua.

Há muito já seguia tudo isso,por instinto.Prefiro ser pastor,não ovelha e sempre conduzir minha própria vida.

#Extraído do livro “Deus,um delírio” de Richard Dawkins.

IMG:Busca Google


COM A PALAVRA,O LEITOR:
Paulo Martins para mim


mostrar detalhes 08:17 (16 minutos atrás)





Aplausos Miriam, por tão verdadeiro e bem humorado texto. É de se lastimar que assim como aquelas pessoas que passam pela vida acumulando dinheiro (vivem pobres e morrem ricas) também exista esta geração que acumula "saúde" para não saber como gastá-la.


Penso que cada época deve ser vivida a sua maneira, mas a maioria estão se esquecendo ou não aprenderam isso.


Beijo e um ótimo final de semana.


Paulo


Miriam,




Grande mulher que sabe discernir usando o bom senso !

Eu gosto de frases acertadas, que esclarecem e instruem.

Agradeço demais a sua mensagem que ensina, renova e amplia o conhecimento, e revigora a alma.

Um abraço de seu admirador.

Dantas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

CAIPIRA MINEIRO




Quem , como eu,já foi vendedor externo,tem muito causo prá contar;alguns,bem engraçados,outros,além do humor que diverte,traz também lições que a gente aproveita.Este caso,foi um deles.

Numa cidade do interior de S.Paulo.com uma economia sólida baseada na agricultura , havia,como não podia deixar de ser,uma grande concessionária de implementos agrícolas.tratores,caminhões,máquinas as mais modernas e diversas para ajudar os agricultores.O gerente dessa maxi-loja gostava de ler e ,indicada por um amigo comum,marquei uma entrevista com ele.Marcada para as 10hs cheguei ás 9.30,pois o bom vendedor nunca deixa o cliente esperando.Sentei-me nas confortáveis cadeiras do saguão,onde bundas trocentas vezes mais poderosas que a minha,sentavam para realizar negócios milionários,peguei num jornal e fiquei esperando a minha hora.Aí,vi o caipira.Chegou de mansinho,com seu chapéu de palha meio desconjuntado,uma alparcata de couro,mal cheirosa e uma calça surrada.Encaminhou-se para os possantes caminhões International-Harvester e começou a examiná-los.Apesar de haver bem uns cinco vendedores disponíveis no salão,ninguém se aproximou dele.Cansado de olhar sozinho.o velho dirigiu-se a um deles, engomadinho , com cara de quem tem o rei na barriga,cheio de empáfia,O velho perguntou o preço do veículo.Do alto da sua imponência,o vendedor respondeu:

-Muito caro.

-Sim,mas quanto?

O vendedor citou uma quantia com muitos zeros e o velho falou , sereno.

-Quero dez.

Espantado , o moço começou a rir,chamou um colega,comentou qualquer coisa,riram ambos e disseram;

-Ninguém merece! Olha o que me aparece nessa sexta-feira.

O velho insistiu que queria ver o gerente. Irritado o vendedor falou:

-Não pode.Está ocupado.E,apontando prá mim:-essa moça está esperando.

O caipira atravessou o salão , abriu a porta onde estava escrito GERENCIA,em letras pretas e entrou.O colega comentou com o vendedor engomadinho:-Será que vai comprar alguma coisa?e,riram.O velho saiu da sala da gerencia,a tempo de ouvir o vendedor falar para o colega:-

-O caminhão que ele comprar , embrulho para presente.

Logo surgiu o gerente,solicito,ligeirinho,mostrou os caminhões,o velho escolheu,o gerente foi fechar a venda,pois,já havia acionado o Banco do Brasil,e,já sabia com quem estava lidando.Quase na mesma hora,o gerente do Banco do Brasil.chegava com um segurança,empunhando uma pasta 007.O velho,um dos maiores plantadores de soja de toda a região,que,quase nunca aparecia em público,comprou á vista,os dez caminhões.Antes de ser posto no olho da rua,o vendedor bonitinho teve que embrulhar todos os dez,para presente.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

BIENAL DO LIVRO




Realmente, é uma festa literária!

Quem ama os livros, vê-se rodeado por todos os lados de edições de autores clássicos e modernos, autores consagrados e jovens autores esperando consagração , ou ao menos,um lugar ao sol brilhante da literatura.Como diz o escritor baiano Antonio Torres:”a fila está andando”;com paciência e talento chegará a nossa vez.

A Literatura é uma amante possessiva e sôfrega que requisita para si quase todo o nosso tempo; exigente e cara , até se colher os louros,muita água passará por debaixo da ponte.

Convivi com vários jovens autores baianos e me surpreendi com a quantidade de talentos que estão emergindo da obscuridade e um dia serão grandes; mesmo as propaladas “panelinhas” literárias não deterão a marcha dos talentosos;os leitores sabem e,embora direcionados pela mídia ,logo,logo,se voltam para aqueles que realmente têm uma bela mensagem para passar.Escritores “midiáticos” fazem um sucesso relativo enquanto estão no “ar”,porém,como caudas de cometa,desaparecem e,ninguém fala mais deles;é o caso de certos “globais” e até-pasmem!-do próprio Paulo Coelho, de quem não vi um único livro nas prateleiras das editoras. Parece que o tempo dele passou e hoje existem centenas de paulos coelhos por aí ,dando sopa.

O lançamento do CD”Maktub”, uma experiência maluca que quis fazer com um livro eletrônico.durante a Bienal da Babia,em 2009, deu certo também em Minas; vendi todas as unidades durante os dez dias da Bienal.Fui entrevistada pela TV da Universidade de Minas e pela rádio FM; pois bem,pude avaliar a força da mídia: no fim de semana após a entrevista,quando eu entrava na Expominas , muitos me cumprimentavam e apontavam:”aquela é a escritora da televisão”;resultado,os cd’s foram todos vendidos;eu sei que é um bom trabalho,bem feito com cuidado e carinho;mas,sem a ajuda da mídia,talvez não vendesse tudo.

Outra grande vantagem de uma bienal, além da exposição ao público; ficamos conhecendo escritores,livreiros,distribuidores e sendo conhecidos por eles; no “Café Literário”,podemos debater com escritores do porte de Frei Beto, os Ruy ,Castro e Espinheira,Rubem Alves,Moacyr Scliar ;graças a uma interferência minha na Arena Jovem,recebi muitas visitas no stand,de pessoas interessadas no livro “Contos E Causos”,da minha autoria,que esgotou em dois dias de Bienal Sim, a Bienal é interessante para o novo escritor; sim,ele deve participar.
O Céu e os manes da Literatura não ajudam aquele que não age!

terça-feira, 25 de maio de 2010

NOTÍCIAS DA BIENAL DE MINAS

Os escritores Miriam de Sales Oliveira,Aurélio Schommer e Ivone Alves Soll


As escritoras baianas Miriam de Sales e Ivone Alves Sol participam da Bienal do Livro de Minas 2010, nestes sábado e domingo. As duas integram a programação da Arena Jovem. Neste sábado, Miriam de Sales fará a leitura de seus contos e falará sobre seu processo criativo e inspirações. Aos 67 anos, Miriam é uma ativista em defesa do livro e da literatura baiana. É autora dos livros "Contos e Causos,"(esgotado no 2º dia de Bienal) "Maktub" e "Bahia de Outrora", além de centenas de crônicas publicadas na internet, em três blogs  e seis sites que mantém com atualizações diárias. Internauta ávida, a escritora possui ainda perfil no, Facebook e Twitter, e outras redes sociais ,onde dialoga com leitores de vários países.


Confira os links para os blogs de Miriam:

www.contosecausos24x7.blogspot.com

www.mirokcaconversafiada.blogspot.com

www.wwwfiatluxblogspotcom.blogspot.com

Já Ivone Alves Sol declamará poesias de sua autoria, além de debater sobre a linguagem poética, no domingo. A autora apresentará ainda a coletânea Alma BRASILEIRA – Especial Dia das Mães, que reúne oito poesias próprias, além de versos de poetas baianos. O projeto é coordenado por Sandra Stabile. Ivone Alves Sol já integrou outras duas coletâneas literárias e é assesssora do PABRAA (Projeto Alma Brasileira). SOLvendo Sentidos é o título do primeiro livro individual da poeta, com previsão de lançamento em agosto deste ano.

Parceria - A participação baiana no evento literário mineiro é fruto de uma parceria entre a Câmara Bahiana do Livro (CBaL) e o Governo do Estado, através das secretarias de Cultura (Secult) e da Indústria, Comércio e Mineração (SICM). O stand próprio da Bahia possui mais de três mil livros, entre cordéis, poesia, quadrinhos, contos, romances, livros de arte, patrimônio, religião, entre outros temas. São obras de autores consagrados e de nomes contemporâneos. Além de Miriam de Sales, Ivone Alves Sol e Ruy Espinheira, a literatura da Bahia está representada na Bienal pelos escritores Clara Maciel, Hugo Homem e Nilson Schommer.

*Com informações da Assessoria da Fundação Cultural do Estado da Bahia





segunda-feira, 24 de maio de 2010

EM MINAS,COM AMOR!

NOTÍCIAS DA BIENAL


Estar em Minas é um prazer sempre renovado. Durante uma Bienal do Livro, a festa da Literatura,melhor ainda.

A maneira carinhosa com que fomos tratados pelos mineiros merece um destaque especial.Além do carinho,a receptividade,a compreensão dos problemas,quando os há – e, sempre há – por exemplo,não tínhamos as maquinetas dos cartões de crédito,tudo isso resolvido à moda mineira: com risos, paciência e sabedoria.

Mineiros amam baianos e baianos amam mineiros; lá, nas Alterosas, sinto-me em casa.

O livro que levei “CONTOS E CAUSOS” esgotou no 2º dia.

Graças à elegância e simpatia de Guiomar de Grammont, curadora da Bienal,pude falar na Arena Jovem sobre o livro e sobre a Bahia.

Saí de Minas muito rica. Rica de amigos,rica de experiência,rica de alegria.Como rever meu amigo José Cláudio Adão, mineirin’ da melhor safra,e,finalmente,solidificar uma amizade criada pela internet e pelos interesses comuns,sendo ele,também,um escritor maravilhoso.Citei rever lá em cima,porque já o conhecia de modo não físico,pelos nossos contatos diretos na web.

Tenho muitos amigos assim e ,um dia,espero poder abraçá-los,fisicamente,como já os abraço à maneira virtual.

Essa Bienal foi benéfica para a Bahia;como único Estado a comparecer com um lindo stand,uma autêntica baiana vestida a caráter distribuindo medidas do Bonfim,nossos autores e nossos livros ficaram conhecidos e divulgados.Fomos entrevistados pelas TVs universitárias,pelas rádios FM das Universidades,pelo jornal “Estado de Minas” e por centenas de estudantes do Senac.

Como os baianos são simples e sem “besteiras” ,nós - eu,os escritores infanto-juvenis Hugo Homem e Clara Maciel,a poeta Ivone Sol e Nilsson Schommer,recebíamos os visitantes,apresentava-lhes nossas obras e as dos outros autores,como simples expositores, adorando conversar com o público,sentir o calor mineiro,forte como o seu café e delicioso como o pão de queijo.

Convidada a participar de muitas feiras no Interior, prometo voltar.

Ai,Minas Gerais

quem já te viu

e conviveu com teu povo,

não te esquece jamais!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

CÚMULOS!



CÚMULOS!
Era um sujeito tão pacifista,mas,tão pacifista que se recusava a morar num edifício de cimento armado.
***
Cúmulo da felicidade é a do Oscar(Mão Santa):apesar de estar na meia idade não precisa tomar Viagra:casou-se com uma levantadora.
***
Cúmulo da fé:enfim,Madonna encontrou Jesús!

***
Cúmulo da persistência:João estava desempregado;começou a procurar trabalho.Não encontrou emprego;continuou procurando.Sempre.Sem desanimar.Gastando sola de sapato.Indo prá’qui e prá’li.Um dia,depois de tanta procura,acabou ficando conhecido no bairro como “procurador do trabalho”;cargo alto e muito bem remunerado.
***
O cúmulo da paciência:fazer um galo na cabeça e ficar acordado a madrugada inteira esperando ele cantar.
***
O cúmulo da sorte:casou-se,por amor,com uma linda moça inglesa chamada Esther Linna!
****

O cúmulo da falta de vergonha:eu ficar aqui,sem assunto,escrevendo essas tolices e esperando que vocês leiam....

quarta-feira, 19 de maio de 2010

UM COLOSSO DA LITERATURA



A Rússia sempre foi berço de grandes escritores:Tolstoi,Bunin,Gorki,Gogol,mestres que nos deram pérolas literárias nunca esquecidas. Porém, a meu ver, nenhum como Dostoievski.Conhecia a alma dos homens como poucos,mergulhava na imensidão deste precipício como nenhum outro escritor e,principalmente, desnudou o povo russo, suas emoções e sentimentos. Fédor Dostoievski nasceu em 1821 e desde cedo foi destinado à carreira militar. Sua alma sensível e romântica logo trocou a carreira das armas pela literária, combatendo melhor com a pena do que com a espada. Seu primeiro livro,” GENTE POBRE”,despertou a ira dos poderosos por denunciar a semi-escravidão em que o povo russo estava mergulhado. Não se intimidou, nem arrepiou caminho;suas convicções inabaláveis rendeu-lhe quatro anos na Sibéria,fato que marcou todos os anos da sua existência. Essa experiência foi imortalizada no livro”Recordações da casa Dos Mortos” que fala da miséria e do desespero dos prisioneiros enterrados vivos naquele lugar terrível,condenados a trabalhos forçados nos confins da Ásia. Crime e Castigo, um clássico da literatura,emocionou a todos pelo seu conteúdo doloroso e pungente e pelo estudo profundo dos sentimentos humanos.Até onde vai o Homem pressionado pelo seu desespero? A esse seguiram-se “O Idiota”,”Os Possessos”,”O Adolescente” e,finalmente “Os Irmãos Karamazov”,que deixou inacabado. Quem não ficou marcado pela personalidade de Dimitri, pela beleza de Grushenka e pelo odioso caráter do velho Karamazov? O que torna um escritor inesquecível? Neste caso, a compreensão e simpatia pelas almas transviadas e criminosas, que dão um toque patético a sua obra. Morreu em 1881, mas, deixou um legado imortal para todos os que apreciam a leitura.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

BIENAL DE MINAS/2010. EU VOU...

"Contos e Causos",o melhor do bom humor!
Na bienal de Minastem.
Stand da Bahia.
E VOCÊ DEVERIA IR!

Data e Horário:Dia 14 de maio: das 12h às 22h Dias 15 e 16 de maio: das 10h às 22h Dias 17, 18, 19, 20 e 21 de maio: das 9h às 22h Dias 22 e 23 de maio: das 10 às 22h
Local:ExpominasAvenida Amazonas, 6.030 - Bairro Gameleira - Belo Horizonte, MG
Ingressos:Dias úteis (segunda à sexta) Entrada inteira – R$ 8,00Meia-entrada – R$ 4,00 Final de semana (sábado e domingo)Entrada inteira – R$ 10,00Meia-entrada – R$ 5,00
Os estudantes devem apresentar documento de identificação estudantil com data de validade.

Caso no documento apresentado não conste data de validade, deverá ser apresentado outro que comprove a matrícula ou a freqüência no ano letivo em curso acompanhado de carteira de identidade.


Os idosos devem apresentar carteira de identidade. Menores de 1,00m não pagam.
Estacionamento Expominas: Veículos - R$ 15,00Motos – R$ 7,50Ônibus - R$ 45,00


ACESSO:


Visitantes – na primeira ou segunda agulha na Av. AmazonasExpositores e veículos credenciados – entrada pela R. Craveiro LopesTáxis – entrada pela Av. AmazonasÔnibus de escolas inscritas na Visitação Escolar – Av. Amazonas
* Haverá faixas sinalizadoras da BH Trans para auxiliar o trânsito.
Alimentação:


Gorilla´s Sanduíches e Grelhados / Comida Mineira / O Rei da Empada / Expresso Pizza / Grand Maison / Nagai Taco / Chispita / Espaguete na Chapa / Chocolate Bondan
Outras operações de alimentação:
Cachorro Quente / Empadas / Pipoca / Algodão Doce / Bomboniére / Churros / Raspadinhas de frutas / Água de coco / Refrigerante / Suco .



Balcão de Informações:Na entrada do evento.



SAC: Serviço de Atendimento ao Cliente (bienaldolivrominas@fagga.com.br) / (31) 3314-1503
Achados e Perdidos: Objetos perdidos deverão ser entregues à Administração do Evento.Ponto de Encontro:Ao lado da saída do evento.




VISITEM O STAND DA BAHIA


ATRAÇÕES


BONS LIVROS


DISTRIBUIÇÃO DA MEDIDA DO BONFIM ,PARA DAR SORTE.



AMIGOS
"CONTOS E CAUSOS CHEGOU EM  MINAS,VIU E VENCEU!
TODOS OS LIVROS VENDIDOS EM APENAS 02 DIAS.
AGRADEÇO AOS MINEIROS O CARINHO QUE TIVERAM POR MIM E PELO MEU TRABALHO.
GENTE,MINEIRIN' É TUDO DE BÃO!
DEPOIS CONTO AS NOVIDADES
"CONTOS E CAUSOS" +CD MAKTUB
PEÇA PELA INTERNET ATRAVÉS DO MEU E-MAIL.
FAÇA COMO OS MINEIROS:
COMPRE!!!


quarta-feira, 12 de maio de 2010

FALA ESCRITOR!

Leandro de Assis,criador do "Fala Escritor",Miriam Sales,Sandra Stábile,criadora do "Alma Brasileira" e a poetisa Ivone Sol,no lançamento da Antologia.
Ivone Sol e Sandra Stábile

O projeto "Fala Escritor",criado por autores baianos no intuito de divulgar nossa cultura,fazendo com que chegue ao povo,recebeu o projeto "Alma Brasileira",que lançou uma nova Antologia para reverenciar as Mães.


Uma nova poetisa despontou com versos simetricamente belos e perfeita harmonia: Ivone Alves Sol.


O "Fala Escritor" reúne-se todos os segundos sábados de cada mês a partir das 18hs,no Espaço Castro Alves,da Livraria Saraiva,no Shopping Salvador.Há poesias,músicas e livros recém-lançados,com a presença dos escritores.


Apareçam.É uma boa diversão para o sábado.

terça-feira, 11 de maio de 2010

NOITE DE AUTÓGRAFOS

A autora,autografando na Bienal de Salvador.

Todo autor sabe disto. Não existe provação maior do que Noite de Autógrafos.
Conheço muita gente boa que se recusa a escrever um livro só para não passar por essa tortura medieval.
O livro fica pronto –uma tetéia! – lindo de viver ,capa perfeita , miolo perfeito ,papel do melhor ,impressão gráfica ,perfeita.A gente o toma nas mãos ,como um bebê ,coração acelerado ,inundado de felicidade.
Enfim ,você é um escritor.Colega de Dostoievski , Balzac ,Machado e outros menos votados.
Você fica imaginando como é que a Literatura Brasileira sobreviveu todo esse tempo sem a sua presença.
Ai,alguém lhe lembra a famigerada noite.Você recua ,ou melhor ,tenta recuar.Sem sucesso!
Amigos ,editores ,livreiros ,todos conspiram visando essa noite.
Os vizinhos perguntam:
-Quando será o lançamento? Onde?
Intimamente ,pensam:
-Será que vai ter cock-tail ?Ao menos , uma cervejinha...
Bom, um filho teu não foge à luta ,Brasil!
E,invocando a coragem dos cristãos que entram na arena e a displicência e serenidade dos pagãos que encaravam a fogueira ,você marca a data.
Nunca aos domingos ,mas ,pode ser nas segundas –ou quartas. Nas noites desses dias as pessoas não têm o que fazer e, se tiver boca livre ,virão com certeza.
Você começa a cumprimentar mais cordialmente seus vizinhos ,inclusive o velhote do quarto andar que acha os escritores uns sem que fazer e desconfia de todos os poetas ,até mesmo dos concretistas ,que ele pensa que são uma espécie qualquer de engenheiro.
Os parentes serão todos lembrados.
Até mesmo aqueles que você não vê e nem fala há milênios.
No shopping encontra seu primo ,aquele morador da Ceilândia que sempre lhe dava coques na cabeça quando sua mãe não estava olhando.
Muito mais forte que você que abria o berreiro ,chamando a atenção de todos
-EU!? Eu não fiz nada , tia, invenção desse garoto.
E,que, ao passar ao seu lado, segredava:
-Mariquinhas!
Pois é ,você encontra o primo ,apressa o passo ,o cumprimenta efusivamente e pergunta pela mãe dele.
Ele o olha torto.
Mamãe morreu fazem cinco anos.
Prá isso serve ser escritor ,você tem bate – pronto.
-Morreu prá você ,filho ingrato;ela continua viva no meu coração.
O primo ,azedo ,pergunta:
-E, você, faz o que!?
-Sou escritor.A propósito queria lhe convidar para o lançamento do meu livro ,depois de amanhã.
Você engasga.
Escritor!? Kakakaká.Mamãe sempre disse que você não daria mesmo prá nada...
E,deu um risinho superior.
Mas,chegou a grande noite.
Há três dias de caganeira , nervoso ,mãos sempre úmidas, você indaga aos seus botões:
-E se ninguém for?
Pronto. A sorte está lançada.
Você está sentado na sua mesa florida junto a uma pilha de livros pronta para ser vendida e autografada.
Você até comprou uma caneta Cross, brincando com ela entre os dedos,enquanto conta, mentalmente ,pela décima vez ,quantas pessoas poderão vir.
A sorte são os filhos , noras e netos.
Intimados ,vieram todos, sua mãe inclusive ,pois a boa velhinha nunca lhe faltou ,desde o dia do seu nascimento;estava ali ,firme e forte.
Bem, havia ali umas vinte pessoas.Pelo menos ,a sala não ficaria vazia.
O cheiro dos salgados do patrocinador que você arrumou e as idas e vindas do garçon enluvado, carregando a bandeja com uísque, começava a atrair curiosos.
Bem ,com as mãos úmidas ,você começou a dar autógrafos.
A pilha, ao seu lado, começa a diminuir.
Você respira, aliviado.
De repente ,um senhor alegre ,entra trazendo uma turma de dez pessoas.
Você sabe que o conhece, mas , igual a seu computador ,você ,não tem memória ,só uma vaga lembrança.
Nem sabe seu nome.
O velho vai chegando ,lhe dá um abraço de quebrar ossos e diz:
-Muito bem .Estou aqui com uns amigos.Mas,a gente só compra seu livro se você lembrar o meu nome.
Você sua frio.
Um branco total invade seu cérebro; fugiram todos os neurônios. O velhote espera.
Dê repente ,fez-se a luz; você se pega,dizendo:
José Joaquim Figueira do Nascimento ,meu prezado vizinho em Niterói.
O velho e a turma compra o resto dos livros.
Você respira fundo. Acabou.



domingo, 9 de maio de 2010

INTERNET NO VOO PARA O ABISMO




Extraordinária narrativa da luta de um homem para se aproximar da sua amada.


Leitura apaixonante, “Internet no voo para o abismo”, é uma história de amor baseada integralmente em factos reais.



Murilo, um português de quarenta e oito anos, apaixona-se por Luana, uma brasileira de quarenta e três anos, vivendo um intenso e acidentado relacionamento amoroso na internet ao longo de oito meses levando à sua união final a doze mil quilómetros de distância.


História dramática e compungente, recheada de vivências surpreendentes, momentos cruéis e violentos.Questiona a realidade virtual e os seus perigos, um relato vivo e real protagonizado em três países diferentes; Portugal, Brasil e Argentina. O romance leva-nos por uma viagem no imaginário dos fatos descritos, fazendo o leitor confundir realidade e ficção; guerra, corrupção, amor e traição, momentos de humor, fatos baseados nas experiências pessoais do autor ao longo da sua trajetória por mais de dezasseis países desde a costa oriental de África à costa Ocidental, África austral, passando por toda a Europa e Atlântico Norte. O autor contesta a realidade “virtual” apontando os seus perigos e utilização dolosa, colocando interrogações, analisando um planeta em completa mutação de valores.






O AUTOR:
Miguel Martins De Menezes nasceu em Moçambique no dia vinte e um de Março de 1960. Em 1975, após a independência deste território sob administração portuguesa, imigra para Portugal devido aos conflitos armados, convulsões sociais e políticas que se seguiram. Ainda no mesmo ano, continua os seus estudos no Liceu Nacional De Viana Do Castelo onde concluíu o Curso Geral. Em 1976 passa a residir na cidade de Coimbra onde finaliza o Curso complementar no Liceu Infanta D. Maria, tendo ingressado na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde frequentou os dois primeiros anos da licenciatura em direito não tendo concluído a sua graduação.
Inicia a sua actividade profissional em 1984 nas áreas de logística aérea, marítima e comércio internacional, nas cidades do Porto e Lisboa, prosseguindo o seu percurso profissional em vários países de África, América do Sul e Europa.
Em 2009 decide abandonar a sua carreira profissional, regressando a Portugal para realizar um sonho adormecido de longa data, dedicando-se à atividade literária a tempo inteiro. Escreve “INTERNET-NO VOO PARA O ABISMO”, um romance baseado em fatos reais, encontrando-se em fase de conclusão do seu segundo romance de ficção, intitulado “ANATOMIA DO EGO”, onde disseca os sentimentos humanos com um realismo maravilhoso e místico.

MÃE*MULHER*MÁGICA


MÃE:

Você é mulher,portanto sexo frágil.Mas,o seu poder é infinito!A sua força,incomensurável!O seu amor,quase divino.
Que ser humano se dedicaria tanto a outro,a ponto de esquecer-se de si mesma,de abrir mão de seus sonhos,de abdicar do seu crescimento como pessoa,da sua realização pessoal.
O mundo não lhe valoriza tanto quanto devia,e,vamos ser honestos,você só é lembrada pela mídia e pela sociedade,durante o mês de Maio ,no dia que os comerciantes criaram para você.Seu amor,em hasta pública!
O melhor filho é aquele que lhe compra o presente mais caro,o celular da moda,a roupa de grife.Mas,será que é realmente isso que você quer?
Não seria melhor ser amada,respeitada,reconhecida como a força geradora da ordem social,aquela que cria cidadãos de bem para o engrandecimento do seu povo,que,com seu exemplo valioso e ensinamentos sadios forma caracteres antes que o mundo os corrompa e a vida os deseduque.
Por isso,aos pés de nossas mãe,todos nós somos crentes
e aquele que tem mãe,tem todos os parentes.
O esgarçamento do tecido social começou,a meu ver,com a ausência das mães,em seus lares,tendo que entrar no mercado de trabalho ainda com filhos pequeninos e,os deixar em mãos estranhas e pouco hábeis,na luta inglória pela sobrevivência.Filhos criados sem amor,sem conselhos,sem religião,são rebeldes,não têm a quem respeitar ou obedecer; com a TV como babá e “orientadora”,tornam-se jovens levianos,descrentes,sem um estofo moral,presa fácil de traficantes e bandidos.
È isso que uma mãe realmente quer?Onde estão as creches públicas,para que mães carentes possam trabalhar sossegadas?Porquê num país tão rico,onde parlamentares inócuos ganham milhões,as mães não recebem um salário condigno,do governo,para que possam criar seus filhos,com dignidade,até ,digamos,os cinco anos?
As mães são heroínas,porque,vencem as desigualdades,lutam contra o sistema,dividem-se em várias,são esposas,mães,funcionárias,médicas,professoras,corretoras,vendedoras,artistas;mas,acima de tudo amam seus filhos,os orientam,são presentes,são o nosso apoio e porto seguro,são o colo mágico onde depositamos nossos sonhos e nossas esperanças.
Na palma de nossa mão,Deus,pôs a letraM-de mãe-para quando formos bons,pensarmos nela.

FELIZ DIA PARA TODAS AS MÃES DO MUNDO!!!!

sábado, 8 de maio de 2010

UMA GRANDE FAMÍLIA!

Os escritores Camilla e Gabriel Maciel e Miriam Sales





Para Clara Maciel ,que começou tudo...
“Bendito sejam os frutos do vosso ventre”
Poucas vezes, na história da Literatura vemos acontecimentos assim; uma família inteira de bons escritores.
Pois , a Bahia , terra de mágicas e magias , foi brindada com essa raridade.Por causa disto,ontem , festejamos.
Até o sol , que fazia “forfait” há dias , compareceu radioso -como acontece , também , no Dois de Julho, quando brilha mais do que no primeiro , -já cantava o poeta.
Toda essa alegria ,sol , mar, poesia para homenagear a Família Maciel ; Clara,seus filhos , Camilla (16 anos) e Gabriel (11 anos) meninos que escrevem como gente grande;aliás, como nem toda gente grande...
A festa , anunciada ,por mim ,nos blogs e sites e nos principais jornais ,foi bonita e concorrida.
Muitos homens e mulheres das letras , compareceram.Quem não foi , perdeu...
Os livros , bem procurados e vendidos.Gabriel , com seus olhos inteligentes e riso fácil ,queixou-se:
-Tia,minha mão está doendo de tanto escrever.
Eu retruquei:
-Filhote, essa é a dor mais gloriosa que todo escritor quer sentir.
Mas, a doce Clara , a querida Clara gosta de compartilhar.
E quis homenagear escritores que ,segundo ela , lutam e fazem o possível para alçar nossa Literatura entre as melhores do pais.
Assim , ganharam flores e placas comemorativas os escritores Hugo Homem ,Carlos Alberto Barreto , Antonio Cedraz e esta que escreve essas mal traçadas.
Recebemos essas homenagens com carinho e humildade. Sabendo que o caminho é longo e haverá muito o que fazer.
Aos novos escritores ,quero desejar muito sucesso.
Como dizia Hemingway:
“A terra sobre a qual um romancista escreve é a que ele conhece; e, a terra que ele conhece está dentro do seu coração.”
E , a Velha Bahia , “terra máter”do Brasil ,abriu o seu coração e os seus braços para acolher esses meninos preciosos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

***** CONVITE*****


A CASA DO ESPÍRITO



É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico ganhar o reino dos céus. A frase é bíblica ,mas discordo dela.Porque nivela todo mundo e toda unanimidade é burra.


Há aqueles que enriqueceram pelo trabalho honesto, -os ingleses denominam -EARNS- e os que enriquecem de modo escuso,dinheiro mal explicado,lavado e enxaguado,muitas vezes no suor e no sangue dos justos.


Os ingleses chamam –GAINS-naturalmente para separar o joio do trigo.Há aqueles que têm duas,ás vezes três casas para morar,todas muito luxuosas,cheias de obras de arte caras e sofisticadas,comprada com dinheiro de origem vergonhosa,enquanto seus donos procuram branquear suas próprias origens,escondendo um passado desonroso sob uma estória bonita que arranjou no presente,e,que serve para lustrar suas origens e,assim fortalecer o futuro de seus descendentes.


Tenho um pouco de pena deles; vivem de aparência,sempre assustados,com medo de serem apanhados na ratoeira,bajulando poderosos,vendendo a consciência.Não deveriam; porque a verdadeira casa de um homem é a sua consciência,a casa do espírito;não importa onde você estiver,nunca estará bem se for infiel á sua própria consciência.Pode deitar em lençóis egipicios, que não conciliará o sono.pode beber Veuve Clicqot, que o sabor será amargo,pode vestir Prada,ou usar jóias da Tiffany; jamais encontrará a paz.


Essas pessoas,envolvidas pelo brilho falso do ouro dos tolos,desconhecerão sempre o aconchego do lar,a doçura de uma brisa mexendo nos cabelos,a alegria que nos traz uma tarefa bem cumprida.Eles não se permitem descansar.
Vamos erguer uma prece para eles quando entrarmos no aconchego da nossa casa e experimentarmos a paz que sentimos dentro daquele espaço que é nosso, onde estamos seguros,que tem o nosso jeito,a nossa marca,um pouco do nosso ser.Se a casa do nosso espírito estiver arrumadinha,independente de onde eu esteja,no momento,estarei feliz.
Miriam,a cada conto a cada causo,uma superação.Sempre ,textos da melhor qualidade.Parabéns.Muito bom tê-la conhecido.Como mãe,a minha homenagem com o Poema MÃE:DEUS MULHER-- Mãe !.../Mãe é Deus/com sentimento/de mulher./Deus!/Deus é a propria/mulher/que se eterniza/Deus...Beijos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

UMA NOVA LEI PARA A CULTURA



Numa reunião bastante concorrida , onde compareceram todos os segmentos das artes na Bahia, o Ministro Juca Ferreira apresentou a nova lei para a cultura de um novo século.
Artistas,produtores, escritores, empresários e cidadãos em geral compareceram para ouvir as novidades no setor ,principalmente os projetos que irão substituir a Lei Rouanet , que ,segundo o próprio criador ,não atingiu os objetivos para os quais foi criada. ,nos seus dezoito a nos de vigência.
Essa lei , que veio para beneficiar , gerou distorções,como uma indecente concentração em termos territoriais e de proponentes.
Por conta disso ,muitos Estados ficaram de fora ou receberam apenas migalhas para seus projetos.
Pais de enorme diversidade cultural , o Brasil precisa dar mais atenção aos Estados do Norte e Nordeste até então esmagados pela concentração de recursos para o Sul e o Sudeste ,gerando dois brasis diferentes e tratados muito diferencialmente entre si.
Temos que assimilar toda a cultura do pais ,da ópera ao jongo , da dança clássica ao maculelê ,da bossa – nova ao xaxado.
Os artistas e produtores não devem mais depender de patrocinadores e andar de cuia na mão ,gastando sola de sapato (como canta a música de Gil),mesmo porque ,aqui não custa barato ,e ,o artista se desgasta , se apequena ,se decepciona ,perdendo o pais uma grande expressão da sua nacionalidade ,por descaso ou desânimo.
Projetos de teatro, música , leitura, bibliotecas , museus e patrimônios não podem depender apenas do interesse de marketing das empresas para ter reconhecimento da sua qualidade e importância e viabilizar suas atividades, diz o Ministro.
Precisamos de um pais culturalmente uniforme,com sua diversidade respeitada e valorizada ,cujo acesso seja direito de todos ,formando uma geração de cidadãos plenos e informados.
Cabe ao Estado agir com rapidez e imparcialidade ,avaliar resultados e diminuir a burocracia.
A nova lei dá força ao orçamento,cria um novo Fundo Nacional de Cultura á altura da demanda e da qualidade da nossa cultura nacional.Desburocratiza procedimentos e estabiliza uma parceria entre o artista e a sociedade.Garante assim ,a chegada dos recursos com lisura e rapidez,sem intermediários,sem despachantes e sem burocracias desnecessárias.
É claro que esses segmentos que sempre ficavam com a parte do leão não ficarão satisfeitos e seus” lobbies” já devem estar trabalhando contra.
Não importa.O projeto segue e a lei já é uma realidade,pois nasce sintonizada com as qualidades da cultura brasileira.
Essa mudança faz-se necessária , pois,apenas 3% dos proponentes ficam com 50% dos recursos captados. Infelizmente,esse modelo não estimulou o pluralismo cultural ,regional ou estético.Nem se baseou em critérios públicos ,pois ,a escolha do patrocinador muitas vezes se pautava pelo reforço da marca da empresa, reforçando a presença de um Estado cada vez mais corporativo.
Observem a quantas anda a nossa realidade cultural:
75% dos municípios não têm um centro cultural.
Só 14% dos brasileiros freqüentam cinema uma vez por mês.
92% dos brasileiros nunca estiveram num museu.
93% nunca foram a uma galeria de Arte.
78% nunca assistiram a um espetáculo de dança.
Fonte:IBGE
Está ou não está na hora de mudar esse quadro?
Vejam o mapa:
50% dos recursos captados ficam concentrados em apenas 3% dos proponentes.
Entenderam porque sá há vida inteligente no Sul e Sudeste?
Acesse e participe:
http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PABLO NERUDA: SONETOS

Amor e Psique
Soneto XVII


Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que propagam o fogo:te amo

te amo como se amam certas coisas obscuras,

secretamente, entre a sombra e a alma.



Te amo como a planta que não floresce e leva

dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,

e graças a teu amor vive escuro em meu corpo

o apertado aroma que ascendeu da terra.


Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

te amo diretamente sem problemas nem orgulho:

assim te amo porque não sei amar de outra maneira,


senão assim deste modo em que não sou nem és

tão perto que tua mão sobre meu peito é minha

tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.


Pablo Neruda


Neruda foi, no século passado, um dos poetas que mais ajudou a difundir a "poesia dos catorze versos". Sua obra "100 sonetos de amor" percorreu o mundo, sendo traduzida em vários idiomas, inclusive o português. Repare no primeiro terceto, um dos mais bonitos da história dos sonetos.


Fonte:Sonetos.com.br

terça-feira, 4 de maio de 2010

A PONTE QUE CAIU



Viram como esse país
virou uma bandalheira,
os políticos corruptos
pisam na nossa bandeira
São Paulo ,que coisa triste!
respira lixo e sujeira.


Nada mais aqui escapa

de tanta maracutaia,
judiciário , senado,
tudo tá contaminado,
parece até brincadeira.


Me pergunto o que fizeram
do meu Rio de Janeiro
não é só bala perdida,
tá perdido por inteiro;
dominado por milícias,
traficantes , desordeiros.


...e o Nordeste ,coitado!?
Sem deixar de ser curral
todo ano ,toda vez
é reduto eleitoral
desses mesmos safardanas,
que mandam sem que lhes cassem
a justiça eleitoral.


Mas, o feitiço está virando
contra o próprio feiticeiro
o povo não está mais besta
tira o couro dos políticos
,cada dia ,mais somítico,
sobre o voto que vai dar.
e começa a protestar.


Cadê o eleitor? Sumiu!
E no dia da eleição,
vai mandar sem restrição,
tudo que é candidato
do mais caro ao mais barato
para a ponte que caiu...

domingo, 2 de maio de 2010

PEQUENAS LEMBRANÇAS!

Meus pais


As manhãs de domingo eram agradáveis naquela remota cidadezinha do interior da Bahia, onde passei minha infância.
Meu pai gostava de receber seus amigos para uma cervejinha antes do almoço, prosear, contar e ouvir novidades, dar boas risadas, pois isto ajudava a passar o tempo numa cidade onde quase nada acontecia. Seus companheiros de prosas mais constantes eram o padre e o pastor presbiteriano da cidade. Vinham religiosamente todo domingo, não só pela prosa divertida, mas, também pelo doce de leite que minha mãe, excelente senhora, nunca deixava faltar (que era de se comer rezando).

Meu pai já era ecumênico , antes desta palavra virar moda. Neste dia , estavam discutindo as vantagens da doutrina de cada um e qual credo era mais eficiente para levar os pobres mortais até o Céu , depois do desenlace , é claro. Cada um falava mais enfaticamente da sua crença; quem venceria ,o Papa ou Lutero? O padre, muito vermelho e dogmático , o pastor falando alto , seu vozeirão enchendo a sala; meu pai, a tudo assistia, com um riso divertido no canto da boca , até que se saiu com esta:

- Meus amigos se acalmem, pois, quando a gente morre fica mais longe do Céu sete palmos.
*Essas e outras estórias deliciosas estão no livro "CONTOS E CAUSOS" .Pedidos através desse blog.

sábado, 1 de maio de 2010

MAIO, AMAI-O!

Rosa de maio,
é meu desejo
mandar-te um beijo
nesta canção...
(cancioneiro popular)

É o mês das noivas e das novenas.
Mas ,aqui em Salvador,o tempo enlouqueceu e,as chuvas de Abril,chegaram em Maio,o que me leva a jurar que o relógio da Natureza,também anda mal da cuca.Até as rosas de maio sumiram das floriculturas;só encontrei rosas colombianas,caríssimas como cocaína.
Aqui, o dia amanhece bonito,sol promissor,-vai dar praia,digo eu!-única preocupação dos baianos, além do Ba-Vi e da gravidez de Ivete Sangalo(ela ainda não entendeu que,sem galo,a gravidez é impossível,pelo menos,por ora).Daqui há pouco cai um toró,sem explicação,sem emitir sinais,as ruas ficam alagadas,não dá praia,mas,pelo menos,podemos passear de barco nas largas avenidas de vale.Se não podemos confiar mais no azul do céu e,muito menos,nos olhos azuis das mulheres,em que confiar então? Tamos d’end’água,como diz o tabaréu.Literalmente.
Por aí, já começo minha eterna luta com o ignorante corretor ortográfico do Word,um metido a besta que não reconhece as expressões regionais do Nordeste e vive me enchendo de antipáticos tracinhos vermelhos;mando-lhe se roçar nas ostras,mas,ele não vai e fica aqui me inticando, quando tiraria mais lucro se fosse passear em Natal ou Porto Galinhas,ou mesmo banhar-se em Sauipe.
O certo é que o tempo e as mulheres costumam armar temporal por nada.
As noivas ainda existem e resistem e continuam a subir ao altar com pompa e circunstancia, sem se preocupar com a virgindade, felizmente, extinta.
O Mês de Maria também continua firme; devotas rezam o Oficio de Nossa Senhora ,senhora essa,cujo ofício era ser mãe de Jesus, ofício perigoso e doloroso.Mas,o bom é que os cheiros das angélicas enchem o ar,as vozes afinadas,cantam,como coros de anjos,as casas cheiram a santidade,devido ao incenso,que sobe aos céus para alegrar as narinas da Senhora.No dia que A encontrar,sabendo como Ela é bondosa e compassiva,portanto vai se dignar a cumprimentar essa pecadora empedernida,quero perguntar-lhe sobre seu maior milagre:como uma camponesa de Nazaré,na Palestina,torrada pelo sol inclemente do deserto,pode virar loura de olhos azuis,mais ariana que uma sueca;este é um dos mistérios gozosos que eu,na minha santa ignorância,nunca entendi;nem me atrevo a perguntar ao Papa,pois,o medo da fogueira ainda persiste no meu inconsciente,desde quando uma honesta senhora paulista,fez uma regressão ás minhas vidas passadas(inúmeras,já que sou uma pecadora de carteirinha e venho sempre dar com os costados neste vale de lágrimas) e afirmou que eu fui uma das hereges queimada pela Santa Inquisição;agora,vejam vocês,se nem o fogo sagrado me consertou,fazer o quê!?




OBS:Estas mal-traçadas foram escritas ano passado e,re-editadas,hoje,por mim.Daí a referencia a Ivete,orgulhosa mamãe;agora,o Ba - Vi,esse,continua tudo igual.