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domingo, 31 de janeiro de 2010

CURIOSIDADES...


Os livros mais vendidos de todos os tempos

Bíblia Sagrada: de 5 a 6 bilhões de cópias
Citações do Comandante Mao Tsé-Tung: 900 milhões de cópias
Corão: de 600 milhões a 800 milhões de cópias
Dicionário Xinhua Zidian: 400 milhões de cópias
O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien): 150 milhões de cópias
Harry Potter e a Pedra Filosofal (J.K. Rowling): 120 milhões de cópias
Livro de Mórmon: 120 milhões de cópias
O Caso dos Dez Negrinhos (Agatha Christie): 100-110 milhões de cópias
Dicionário Webster da Língua Inglesa (Noah Webster): 100 milhões de cópias
Livro Guinness dos Recordes: 94-100 milhões de cópias
Fonte: Wikipedia

Livros e afins

HOJE É DIA DE POESIA...


ARTE DE AMAR

segundo, Manoel Bandeira

Se queres sentir a felicidade de amar,esquece a tua alma.

A alma é que estraga o amor.

Só em Deus ela pode encontrar satisfação.

Não noutra alma.

Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem,mas,as almas,não.
IMG: Busca Google






sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A BOA LITERATURA ESTÁ DE LUTO!...





O escritor americano Jerome David Salinger morreu ontem,aos 91 anos,de causas naturais,em sua casa,em New Hampshire,nos Estados Unidos.
Nasceu em Manhattan,em 1919,filho de pai judeu polonês e mãe irlandesa.Começou na literatura escrevendo seus contos numa revista,The New Yorker.
Depois de escrever um livro magistral,”O Apanhador no Campo de Centeio”,a mais completa obra sobre os questionamentos e temores e rebeldias de um adolescente,cujo personagem,Holden Caufield,tornou-se o símbolo de uma geração pós-guerra,Salinger ,isolou-se.
Não deu bola para a fama,nem saiu por ai dando entrevistas,nem visitou os inúmeros países onde seu livro foi traduzido e digerido,através das 60 milhões de cópias espalhadas pelo mundo.
Preferiu a solidão e o anonimato.
Ainda escreveu,publicamente,outros livros:Nove Histórias,Fanny & Zooey,e,Carpinteiros,Levantem Bem Alto a Cumeeira, e Seymor,publicados no Brasil.
Seu último trabalho,Hapworth16 ,que eu saiba,nunca chegou até aqui.1924
Dizia que , escrever ,sim,mas,não lhe interessava publicar seu trabalho.Era imune à vaidade de ser lido,analisado,comentado.
-Publicar,pensava,constitui uma invasão da minha privacidade;eu gosto de escrever.Amo escrever.Mas,escrevo apenas para mim e para meu prazer pessoal.
E,foi assim,que,por telefone,em 1974,despachou o New York Times,que queria uma entrevista.
Esse procedimento não é incomum entre os verdadeiros escritores.Temos vários exemplos,entre eles,Rubem Fonseca,que preferem manter sua privacidade,que defendem com unhas e dentes.Afinal,são acadêmicos,não pop-star.
A nós,só resta lamentar mais esse desfalque na literatura mundial.
Não preciso dizer que,”O apanhador no campo de centeio,” um livro que marcou minha geração,era apenas uma narrativa comum sobre um adolescente rico que voltava para casa,esperando ser escrachado pelos pais por ter perdido todas as matérias,no pomposo colégio onde estudava.
Suas reflexões durante a viagem de trem,mudaram o modo de pensar da juventude americana e,a nossa,também.
Os jovens aprenderam a ter voz,idéias próprias e...fazê-las valer.
Realmente,foi um Mestre!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

UMA VOVÓ MUITO ESPECIAL!...



Quem vê aquela senhora magrinha,curvada,caminhando pelas ruas,se apieda,se revolta :-Cadê a família que não vê isso!?Se vier uma ventania,derruba a velhinha.
Mas,ela sai todo dia de manhã para assistir missa na Piedade,sobe no ônibus com dificuldade,mas,feliz,porque não precisará pagar a passagem.
-Para isso deve servir a velhice,pensa!

Acomodou-se com um pouco de dificuldade no banco dos idosos,pois,o assento do corredor estava ocupado por um jovem malhado,cuja camiseta com uma frase em inglês,estava colada no seu peito de remador.
A velhinha sentou-se,preocupada em não chegar atrasada;ainda tinha que atravessar uma avenida movimentada e uma praça para chegar até a igreja.
Um dia,quando foi ao banco receber sua aposentadoria,foi roubada;o garoto,ligeiro como um corisco,levou sua bolsa,depois de atirar com ela ao chão.
Depois disso por precaução,ela não saia de casa sem carregar o canivete suíço do seu marido,pequeno,mas,eficaz.O canivete,não o marido,é claro.
Acomodada,procurou o relógio,para ver as horas.
Cadê relógio!? Nadica de nada.Além das conhecidas pelancas e das veias grossas,o braço estava vazio.
Ela não conversou.
Devagar, puxou o canivete,abriu-o e cutucou com ele as costelas do rapaz,com força e determinação.
_Passe o relógio!
O rapaz falou, a voz aflita:--O que,minha senhora!?
O relógio, depressa...
O cara sentiu o canivete espetar.
Depressa, arrancou o relógio, deu a ela e sumiu.Aproveitou a parada e se mandou.
Com o relógio apertado na mão,teve seu momento de triunfo-Tá pensando que porque sou velha,sou babaca?Não sei me defender?
Ainda com o relógio na mão,chegou à igreja.A missa ainda não começara.
Consultou as horas e levou um susto.Aquele relógio não era o seu.
IMG:Busca Google

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

OS DONS DA ALEGRIA!


Os dons da alegria.
Quanto custa ser alegre?Nada. Basta abrir um sorriso e todos serão conquistados.
Ninguém resiste a uma expressão de amor,a uma voz suave ,a um todo confiante e cheio de afeto e atenção.
As pessoas andam tão carentes,tão desviadas dos seus verdadeiros objetivos,tão egoístas e mergulhadas nos seus pequenos problemas,que se esquecem de abençoar a vida.A vida,que é o maior bem que recebemos de Deus.
Somos todos mensageiros do Infinito.Por onde passarmos vamos plantar boas sementes de amor e felicidade,pois boas sementes dão bons frutos.Colheremos aquilo que plantarmos.Quem semeia vento ,colhe tempestades diz o velho ditado.
Mas ,quem semeia o bem,recebe benesses,agradecimentos fervorosos e muito amor.
Olhe para as dores dos seus irmãos e procure amainá-las, incutindo fé e esperança aos desvalidos ou desiludidos .O retorno virá;talvez não ,daquele a quem você ajudou,porém, de outros que ,como você,ainda acreditam na bondade.
Gostou?Então retorne!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

RESENHA DE LIVROS:" O PASTOR"


O PASTOR
“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”...
Shakespeare
Quanto mais a gente lê mais se surpreende e o inesperado acontece.
Ora,eu sou leitora contumaz de Frederick Forsyth,como aliás de livros de mistérios e espionagem.
Tenho quase todos os seus livros e,passando numa das minhas rotineiras visitas às livrarias,encontrei “O Pastor”,que nunca tinha lido. E me deparei com uma estória muito bela,embora os céticos vão chamá-la de inverossímil,e,que nos prende do princípio ao fim.
Toda a ação (ou falta dela) se passa no ar;o protagonista é um aviador que quer passar o Natal em casa.
A guerra havia acabado,há algum tempo,mas,aviadores ingleses,ainda trabalhavam em bases da RAF,na Alemanha.
O nosso amigo saiu no seu avião certo de que teria um vôo tranqüilo,atravessando o Mar do Norte e chegando sem maiores problemas à costa inglesa.
Mas,tinha uma pedra no meio do caminho...
Sempre tem.
Sobrevoando o oceano percebeu que estava sem contato com a terra,mudo o rádio e os instrumentos de navegação,inoperantes.
Não se importou muito;sabia que,quando um avião não se comunicava com a torre,esta providenciaria um contato e dava instruções para o pouso,num campo mais próximo possível,mesmo na noite de Natal.
Mas,isso não aconteceu e o garoto de 20 anos preparou-se para morrer.
Seu combustível estava acabando,ele já estava sob uma terrível pressão e,para piorar as coisas,um denso nevoeiro,chegou de repente e não se enxergava nada.
O nevoeiro indicava que a costa inglesa estava próxima,mas,como saber que direção tomar?
Então,lembrou-se do seu instrutor de vôo,que os mandava os
voarem em pequenos triângulos,para chamar a atenção do chefe do tráfego aéreo,pelo menos,que mandaria a salvação esperada.
Mas,passaram-se 15 minutos e nada aconteceu.
Preparado para o pior,resolveu ter uma pequena conversinha com Deus,um sujeito com quem ele não tinha muito contato.
E foi ai que apareceu “o pastor”;eram chamados assim os pilotos,geralmente muito eficientes e preparados que faziam o salvamento dos pilotos que tinham seus aparelhos danificados durante as batalhas da guerra.
De seus próprios aviões eles orientavam o colega até trazê-los para um pouso seguro.
E foi o que aconteceu;sem ver seu guia,só atentando nos sinais,nosso rapaz chegou á base;mas,aterrissou numa velha base da RAF,abandonada desde a guerra,com apenas três velhos soldados tomando conta.
Mas,nada importava;foi aquecido,alimentado e levado a uma velha acomodação para dormir.
E,foi ai que viu o avião salvador;um Mosquito,muito antigo,que tinha virado sucata e sendo vendido como ferro velho;alguns pilotos que ,durante a guerra,pilotavam um desses aviões guias, os compravam nos ferros velhos,punham-nos a funcionar e,faziam pequenas viagens com eles,por diversão ou sadosismo
-Foi esse o caso!.. Pensou o garoto.Alguém comprou um deles, devia estar vindo da Holanda, percebeu meus movimentos triangulares e,experiente piloto como devia ser,percebeu que eu estava encrencado;e,me salvou.
Curioso,perguntou ao velho soldado,se conhecia o piloto desse avião.
_Como não! Fui seu co-piloto;era o maioral,mesmo depois da guerra continuou rasgando os céus a procura de alguém encrencado.
_ E onde ele mora?Ainda está por perto?
O velho rosto entristeceu-se.
_Infelizmente, não;morreu em 1949,ao tentar socorrer um piloto.
Amigos, essa foi a mais bela e comovente estória de fantasmas que já li em toda a minha vida.
E o que é pior;acredito nela.
Forsyth foi jornalista e correspondente estrangeiro,na guerra.Deveria ter ouvido estórias bem estranhas;elas o ajudaram a se tornar um dos maiores romancistas que conheço.
Título: O Pastor (The Shepherd)
Autor:Frederic Forsyth
Editora:BestBolso


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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O CAMINHO DAS PEDRAS: O SEMINARISTA


“O SEMINARISTA”, de Rubem Fonseca
Acabei de ler este livro,que nos trás,novamente,a literatura cética e cortante desse genial autor brasileiro.Uma literatura que sacode,questiona valores e embaralha a nossa visão ,pondo em cheque o nosso maniqueísmo e nossos valores estereotipados. Além de manter a nós,leitores,num estado de completa tensão,até o final do livro.
Desde o início, nos deparamos com crimes;crimes chocantes,crimes de mando,executados com maestria pelo “Especialista”,codinome do assassino pago,o melhor na sua área,segundo o “Despachante”,o sujeito que o contrata,a mando dos poderosos que podem pagar por esse luxo.
O Especialista é limpo,cirúrgico e eficiente;poderia ser um cirurgião,embora na juventude estivesse num seminário,onde adquiriu cultura e algum latinório que usa com freqüência nas suas raras conversas com alguém,na forma de sentenças proferidas por mestres como Sêneca e Plínio,o Velho,entre outros.
Quanto a seus “clientes”,os que morrem e os que mandam matar,nunca quis saber quem são,por isso,nem lê jornais,para não se deparar com as noticias dos crimes.
Mas,fatos novos acontecem e,agora José,cidadão simples,com algum pecúlio,à beira de uma aposentadoria ,segundo ele,merecidamente concedida,se vê às voltas com a posição de caçado,ele que sempre foi caçador.Descobre que querem matá-lo,afinal,é um arquivo vivo.Torna-se necessário revirar o passado e procurar por seus perseguidores,puxar o fio de Ariadne até chegar ao Maioral,á fonte de todas as execuções combinadas e pagas;e,ai é que vem a surpresa.O inesperado!
Precisa correr contra o relógio, para salvar sua vida e a da mulher que ama,pois,sim,ele agora está apaixonado e aprendeu o que significa temer pela vida de alguém.
Rubem Fonseca não é um autor querido pela mídia; fala-se pouco dele,muitas vezes é espicaçado,cutucado,talvez por não gostar de aparecer,não bajular poderosos,nem dar entrevistas a jornalistas beócios que lhe fazem perguntas impertinentes e vazias.
Mas,seu estilo é único! O tratamento que dá ao dualismo entre o Bem e o Mal,a inversão de valores,a culpa,relegada a um plano mental,nunca emocional,os questionamentos á civilização que favorece a violência e ao sistema que a corrobora,tudo isso faz dos seus livros,únicos.
O valor dado ás palavras é intenso no seu narrar.
A trama,escrita de modo simples,como se estivesse contando uma estória numa reunião de amigos,mas,com uma profundeza literária fantástica,os comportamentos se desenvolvendo quase no nível da inconsciência,tornam os seus livros imperdíveis que só enriquecem nossa literatura.
Ficha Técnica:
Título: O Seminarista
Autor: Rubem Fonseca
Editora: Agir

Outras obras desse autor:
Agosto
A grande Arte
o Cobrador
O caso Morel
Recebeu 5 vezes prêmios Jabuti e, em 2003 os prêmios Juan Rulfo e Camões

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sábado, 23 de janeiro de 2010

CERTAS LEIS AMERICANAS...



Vasculhar temas para escrever diariamente é como matar um leão por dia;todos que escrevem passam por isso,as escolhas,as pesquisas,os estudos,as combinações das fotos,as cores dos textos,a formatação dos mesmos.Assim,busco,quase sempre nos meus guardados,temas que podem ser interessantes,já que batia nas teclas da minha velha Olivetti,há muito tempo.E,assim,achei esse recorte de um jornal americano,de 1984,tratando dessas leis absurdas e esdrúxulas,que até parecem de brincadeira.
O pais que quer ser o xerife do mundo e dono da democracia, tem-imagina!-leis que constituem verdadeiro besteirol de fazer inveja aos ditadores sul-americanos e aos tiranetes mais folclóricos do terceiro mundo.O que vocês vão ler de tão cômico parece inacreditável.
Em Eureka,Nevada,bigodudos não podem beijar mulheres!será por causa da cosquinha?;enquanto no condado de Logan,Colorado,se o cara beijar uma mulher que esteja profundamente adormecida pode ir em cana.
Em Dt. Louis, Missouri,coitada da mulher,cuja casa tocar fogo de madrugada,pois,os bombeiros,não podem resgatar uma dama de camisola,seja mulher-dama ou não;o jeito é deixá-las virar churrasco.E Oklahoma,ai de você se fizer careta para um cachorro;será preso.Experimentei fazer careta para Billie,meu cachorrinho de estimação e ele me pareceu meio jururu,mesmo!
Ah, já em Baltimore eles pensa m coisas triviais,mesmo;como levar um leão ao cinema,por exemplo;é crime,terminantemente proibido,mesmo que o amável felino queira assistir “ás “Crônicas de Nárnia”.È mesmo tão normal levar um leão ao cinema,não é verdade!?
Tem mais: você pode amar seu lulu,de paixão,mas,se estiver em Zion, Illinois,não ofereça charutos para ele,é proibido;não importa que seja um cohiba,ofereça a um presidente cachorro,mas,nunca a um cachorro presente.
Em Ames,Iowa,mesmo que você ame tanto a cerveja,a ponto de levá -la para a cama,não ouse tomar mais do que três goles,se estiver deitado com sua esposa;as rígidas leis do Estado,ferrarão com você,cara pálida.
Cometer um crime no Texas,reduto dos Bush,é complicado.Lá,o criminoso é obrigado,por lei,a dar detalhes á vitima do que pretende fazer,com 24 horas de antecedência.Palavra!
-Olhe,amigo,amanhã,ás três horas,pretendo lhe matar com um tiro de rifle....,algo assim,penso eu,que não sou texana,povo muito superior,não sabe o senhor!?Em tempo: o comunicado pode ser oral ou escrito.
Quer mais?Em Oxford,Ohio é ilegal uma mulher ficar nua na frente da foto de um homem e em Miami é proibido imitar um animal.
Como dizia minha santa avó: durma-se com um barulho desse e diga que passou a noite bem....

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A ARTE DE ENGANAR O ELEITOR...



Que a política é a arte de enganar, já sabemos.Os políticos e seus marqueteiros manipulam as emoções das pessoas,seus desejos mais íntimos,com o único objetivo de chegar ao poder.
Quanto mais limitada intelectualmente for a população,mais a emoção funcionará na hora de pedir votos.
Por isso,no Brasil,a ferramenta mais eficaz da campanha é a manipulação das emoções.
Pelo menos, 70%dos nossos eleitores não tem o primeiro grau;eles são o alvo preferido dos marqueteiros,pois são mais influenciáveis e agem mais com o coração que com a razão.
Mostrar as dificuldades do país,com gráficos,estudos técnicos,discutir soluções e apresentar planos de governo,alguns antipáticos,embora necessário,não funciona.
Então, apostemos nas emoções e sua maior máquina: a TV;um discurso emocionado,flamejante,igual,salvador,cheio de promessas,heróico,populista é a fórmula eficaz de se ganhar votos ,no Brasil.Mas,não é apenas emoção;Temos que acrescentar alguma coisa racional,também;um candidato a governador percebe que o povo deseja ter casa própria;então,dirigirá sua campanha para esse tema.
Se os eleitores sinalizarem que desejam acabar com a corrupção, haja diatribes contra os corruptos;ele,não,ele tem as mãos limpas:nunca as tirou de dentro do bolso.
Como os orçamentos públicos estão aquém das necessidades, os candidatos são aconselhados a prometer, sem mostrar de onde vão tirar recursos.Vergonha não existe:o sujeito promete tudo;aqui na Bahia, na última eleição municipal,soube que teve um candidato nanico que prometeu transporte gratuito para estudantes;só que se esqueceu de combinar com os russos,como diria Garrincha,ou seja,com os donos das empresas,que ,junto com os mangangões do lixo,são os principais financiadores de campanha dos prefeitos.
As promessas, acompanhadas das críticas á atual administração,é pau,casca:rende muitos votos;depois ,ninguém vai lhes cobrar as promessas.È isso que eles querem.
Se nós votássemos com a cabeça em vez de votar com o coração,procurando conhecer os candidatos,seus antecedentes e seus valores,certamente melhoraríamos nosso país.Vamos rezar para que os eleitores mudem seus conceitos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

OS PECADOS DO HAITI


A democracia haitiana nasceu há muito pouco. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e enferma não recebeu nada, além de bofetadas. Estava ainda recém nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de terem colocado e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos pegaram e impuseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que havia tido a louca aspiração de querer um país menos injusto.
O voto e o veto
Para apagar as nódoas da participação norte-americana na ditadura carniceira do general Cedras, os infantes de marinha levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para retomar o governo, mas o proibiram exercer o poder. Seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, porém mais poder que Préval tem qualquer burocrata de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha sequer eleito com um voto apenas.
Mais que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum de seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, instrução aos analfabetos o terra aos camponeses, não recebe resposta, ou o contradizem ordenando-lhe: - Faça a lição! E como o governo haitiano nunca aprende que deve desmantelar os poucos serviços públicos que ainda permanecem, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores acabam sempre por reprová-lo.
O álibi demográfico
No final do ano passado quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Assim que chegaram, a miséria do povo os atingiu frontalmente. Então o embaixador de Alemanha lhes explicou, em Porto Príncipe, qual é o problema: - Este é um país demasiadamente povoado - disse-. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode.
E riu. Os deputados se calaram. Essa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou as cifras. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, tanto quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilometro quadrado. Em sua passagem pelo Haiti, o deputado Wolf não apenas foi atingido pela miséria: também ficou deslumbrado pela capacidade de expressar a beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado… de artistas.Na realidade, o álibi demográfico é mais o menos recente. Até a alguns anos, as potências ocidentais falaram bem mais claro.
A tradição racista
Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando alcançaram seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e revogar o artigo constitucional que proibia a venda de terras aos estrangeiros. Robert Lansing, então secretário de Estado, justificou a prolongada e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de se governar por si mesma, que possui “uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização”. Uno dos responsáveis pela invasão, William Philips, havia elaborado anteriormente a sagaz idéia: “Esse é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que tinham deixado os franceses”.
O Haiti havia sido a pérola da corona, a colônia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com força de trabalho escrava. No espírito das leis, Montesquieu o havia explicado sem travas na língua: “O açúcar seria demasiado caro se não trabalhassem os escravos para sua produção. Esses escravos são negros desde os pés até a cabeça e têm o nariz tão esmagado que é quase impossível ter deles alguma pena. Resulta impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma e sobretudo uma alma boa num corpo inteiramente negro”.
Em troca, Deus havia colocado um chicote na mão do feitor. Os escravos não se distinguiam por sua vontade de trabalho. Os negros eram escravos por natureza e vadios também por natureza; e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir ao amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrasse o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: “Vagabundo, desocupado, negligente, indolente e de costumes dissolutos”. Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro “pode desenvolver certas habilidades humanas, como o papagaio que fala algumas palavras”.
A humilhação imperdoável
Em 1803, os negros do Haiti ocasionaram uma tremenda derrota às tropas de Napoleão Bonaparte e Europa não perdoou jamais essa humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos haviam conquistado antes sua própria independência, porém conservava ainda meio milhão de escravos trabalhando nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era senhor de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.
A bandeira dos livres se içou sobre as ruínas. A terra haitiana havia sido devastada pele monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França. Uma terça parte da população havia caído em combate. Então, começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém comprava dela, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia.
O delito da dignidade
Nem mesmo Simão Bolívar, que soube ser tão valente, teve a coragem de assinar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar poderia ter reiniciado sua luta pela independência americana, quando já havia derrotado a Espanha, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano lhe havia entregado sete navios, muitas armas e soldados, com a única condição que Bolívar libertasse os escravos, uma idéia que ao Libertador não lhe passava pela cabeça. Bolívar cumpriu com esse compromisso, porém depois de sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvado. E quando convocou as nações americanas para a reunião do Panamá, não convidou o Haiti, mas sim a Inglaterra.
Os Estados Unidos reconheceram o Haiti depois de sessenta anos do final da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque possuem pouca distância entre o umbigo e o pênis. Naquele instante, o Haiti já estava nas mãos de carniceiras ditaduras militares, que destinavam os famélicos recursos do país para pagar a dívida com ex-metrópole: a Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à Francia una indenização gigantesca, como modo de ver-se perdoado por ter cometido o delito da dignidade.
A história do assédio contra o Haiti, que em nossos dias tem dimensões de tragédia, é também una história do racismo na civilização ocidental.

Publicado em 15 de Janeiro de 2010 por Eduardo Galeano(tradução livre de Antonio Folquito Verona),gentilmente cedida pela Profª Edna Nascimento.
IMG:busca google
COM A PALAVRA,O LEITOR:
Cara Miriam, acabo de absorver mais uma grande lição de história (tristes páginas da história)! Obrigado. E agora vem os EEAA com a história de ajuda (porque não ajudou de fato antes?). Isto cheira a todos ocupação. Nada vai mudar, com excessão para o povo Haitiano que só tende a piorar, lamentavelmente. Repassei ao meu filho Rafael que é ávido por conhecimento. Grande abraço. Paulo Kostella,escritor

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ENSINO Á DISTANCIA,PORQUE NÃO?


Ensino á Distância tem Melhores Notas

Segundo pesquisa que comparou o desempenho de alunos no ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, os alunos presentes em Cursos de Ensino a Distância apresentaram melhores notas do que os alunos de Cursos Presenciais em sete das treze áreas avaliadas.

Este resultado comprova o grande prestígio que a Educação a Distância está conquistando em todo o Brasil. Cada vez mais empresas estão optando por treinar seus funcionários em Cursos Online. As vantagens são muitas:*

Não é necessário deslocar-se da empresa, ou seja, não há gasto com transporte.*

O horário é totalmente flexível, ideal para quem não pode assumir compromissos em horários fixos. *

O certificado é válido em todo o Brasil.*

O Aluno é quem determina o tempo de duração do curso, de acordo com seu ritmo de estudo.O Cursos 24 Horas tem o Orgulho de ser um dos pioneiros no ramo de Educação a Distância no Brasil.

Desde 2002 no ramo, já contamos com mais de 120 mil alunos formados em diversas áreas. Veja depoimentos de alunos no nosso site:www.Cursos24horas.com.br

Matricule-se já em um de nossos cursos e conte com o que há de melhor no Ensino a Distância brasileiro.

Todos os nossos Cursos são 100% Online e contam com apostilas, apoio de professor e certificado de conclusão enviado pelos correios. São cursos completos a partir de apenas R$ 20,00. Veja a lista de cursos no site acima.
IMG:Busca google

INOVAR É VIVER!



Novidade,na Internet,não é novidade!
A cada dia, a rede nos faz parecer mais velhos e renascer mais novos na manhã seguinte;dormimos com o PC e acordamos com o lap-top;dormimos com um livro e acordamos com o kindle;dormimos com o iPhone e acordamos com os tablets.
Pois,sim,os tablets são o mais novo hit da rede.Ele vai mudar o seu modo de se informar,trabalhar e se divertir,cara pálida.E vai ser muito bom!
Na verdade,o tablet é ,simplesmente,uma prancheta;não aquela prosaica que você levava para a escola ou trabalho.Ele agrega os recursos de um computador portátil aos dos smartphones,aqueles celulares que nos dão acesso à internet,sonho de consumo de muitos brasileiros.Tem uma tela sensível ao toque,responde ao movimento dos dedos,permitindo” folhear “páginas da internet,fotos e livros digitais.
Como é um aparelho maior,permite uma leitura agradável e assistir a vídeos,com mais conforto.
Os primeiros foram apresentados por Steve Ballmer, da Microsoft, na maior feira de eletrônicos do mundo,em Las Vegas;mas,o queridinho dos internautas vai ser mesmo,segundo as más línguas,o criado pela Apple,que deverá ser lançado em Fevereiro,já de olho na internet móvel,cujo tráfego deve crescer 66 vezes entre 2008 a 2013.
“Não se ansiava tanto por uma tabuleta desde que Moisés desceu do monte com os mandamentos”,escreveu o colunista do New York Times.
O Google não poderia ficar de fora e apresentou o Nexus One,um telefone celular com acesso à internet e tela touch screen,feito para concorrer com o iPhone.
Bem,em se falando de internet,o céu é o limite.
O medo dos donos de mídia impressa me parece injustificável; em qualquer lugar,o leitor de jornais e revistas poderá .ter acesso aos seus preferidos com apenas um toque de dedos diretamente na tela.Uma tela colorida,maior e que,certamente,tornará a leitura muito mais prazerosa
Nem Merlin,faria melhor!
Gostou?Então opine,discuta,comente
Saia do armário,cara pálida!...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

HAITI,AY DI TI!...


O Haiti, ontem O Haiti, hoje

ica difícil a gente imaginar que o Haiti faz parte do Caribe.Aquela paradisíaca região que mexe com o nosso imaginário com suas águas azuis,seus coqueiros,seu povo rico de tradições e tão musical e colorido!
Enquanto os outros vivem uma festa eterna, esse pequeno país,o mais pobre das Américas,nunca saiu do inferno.
Muito pobre, mesmo assim foi ocupado por muitos países,degradado por governantes folclóricos e cruéis,como os Duvalier, apoiado pelos americanos (sempre eles) pai e filho,que infernizaram seu povo por décadas,governaram pelo medo com seus tonton macoutes,(bicho papão),militares truculentos e criminosos e destruíram a parca economia do pais.
Desde sempre,esse povo sofrido,conviveu com flagelos e privações,desmandos e misérias;já havia conhecido a bonança quando era grande produtor de cana,cacau e café,em tempos tão remotos que nem lembramos mais até ser sodomizado pelos franceses e dilacerado pelos ditadores,que o transformaram numa chaga aberta no paraíso do Caribe.
Por cima da queda ,coice;dizia sabiamente a minha avó;não bastando tudo isso,veio o terremoto,que acabou de destruir o pais e,ainda nos levou a Drª Zilda e o Dr. Costa,entre outros bravos soldados da paz.
Nem sei mais se o Haiti é um pais;não tem governo(o que tem é inoperante),nem saúde pública,nem segurança,nem educação,nem esperança.
O Brasil,enviado pela ONU,fez no Haiti,um belíssimo trabalho ao restituir a paz e a segurança ao seu povo desalentado.
O terremoto fez o que era péssimo ficar pior;os americanos,que nunca se importaram com o Haiti,apareceram lá com o peso dos seus marines e a força das suas armas,como tropas de ocupação,impedindo,inclusive que doações e médicos brasileiros e os médicos sem fronteiras pudessem aterrissar no aeroporto controlado por eles.
Com que intuito?De ajudar?Duvido.Olha como são “bonzinhos”;eles tomam conta dos suprimentos(ficam com a galinha),os brasileiros,com a responsabilidade da segurança(com a bosta);lembram daquela nossa brincadeirinha infantil?Mas,de infantis,os ianques não têm nada;o que querem lá é proteger seus interesses,um deles evitar a migração dos miseráveis para a Flórida,tão pertinho e tão convidativa.Outros interesses deve haver,porém,ainda não descobri,por isso não falo., A meu ver,cabe à ONU,mediar conflitos,como esse que está a surgir entre os nossos,que com razão,se sentem desautorizados e os americanos,que ainda não perderam a mania de policiar o mundo,mania essa que caro tem custado a seu povo,em vidas e recursos econômicos.
O babaca da semana é o cônsul do Haiti,que culpa o vodú e suas energias negativas pelo desastre no pais.
Sabe,faz sentido...
A invocação de tantas energias más,desestabiliza não só povos,como países.
Olha como S. Paulo tem sofrido no governo Serra,conhecido aqui na Bahia,terra que sabe das coisas,como o rei da urucubaca.
Imploro todo dia às boas energias do Universo que nos livre da presidência do Serra;espero que a límpida,forte,gloriosa energia da Zilda,que agora se juntou às forças do bem,evite essa tragédia;ou corremos o risco do Haiti ser aqui.
Você concorda com esse artigo?
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

FIQUE DE OLHO!,,,


A Câmara Bahiana do Livro convoca todos os escritores, em papel ou meio eletrônico (blogs, sites), filiados ou não à CBaL, para uma importante reunião, no próximo dia 03 de fevereiro, quarta-feira, às 9 horas, na sala 6, 3º andar, da Biblioteca Pública do Estado, na Rua General Labatut, Barris, Centro, Salvador-BA. Na ocasião, debateremos diversos temas do interesse dos convocados.



Peço aos que receberem este e-mail que o repliquem a escritores conhecidos seus.



Atenciosamente



Aurélio Schommer

Câmara Bahiana do Livro - CBaL

Presidente

71-91928073 - 71-32353763
Não durmam como o gatinho!Compareçam!...



LEVAVA EU UM JARINHO...



EVAVA EU UM JARRINHO...
(ANÔNIMO)
Levava eu um jarrinho
P’rá ir buscar vinho,
Levava um tostão
P’rá comprar pão,
E,levava uma fita
P’rá ficar bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz.
Foi o jarro pr’o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita...
Vejam que desdita!
Se não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem tivesse um tostão,
Nem fosse comprar pão,
Nem trouxesse uma fita
P’rá ficar bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia...

IMG:www.brazilpostcard.com.br


domingo, 17 de janeiro de 2010

SOBRE BLOGS E BLOGUEIROS...


A Internet foi um presente para quem gosta de escrever;não só tem revelado talentos anônimos como dá voz aos mais tímidos,aqueles que não gostam de se expor publicamente ao vivo e a cores.
Como eu já tinha escrito no meu texto “Amores Virtuais”,na internet a gente expõe a nossa alma,o nosso ser e. aparecemos aos outros,quase sempre,como realmente somos.
Não quero falar aqui sobre o lado” dark “da rede;as pessoas que se comportam mal nela,se comportariam assim em qualquer lugar,são almas enfermas.
Depois de quase dois anos escrevendo em sites comecei a blogar,não digo que,sem um pouco de receio,pois havia –e,ainda há -entre escritores- um certo preconceito contra blogs,que consideram uma literatura inferior.
Discordo totalmente sobre esse assunto.
Conheço blogs inteligentes, com mensagens magníficas,boa poesia,análise de fatos históricos e,muita,muita informação;ao contrario dos jornalistas em geral,o blog é pessoal,não está sujeito à censura interna,como certos jornalões,onde o pensamento do jornalista tem que ser o pensamento do editor e estar de acordo com a filosofia dos donos dos jornais,sujeitos nem sempre politicamente correto.
O blogueiro está entre ele – e sua consciência – e seu público.
Claro que o bom blogueiro é um formador de opinião e,dependendo da quantidade de seus leitores,ele pode mudar conceitos,destruir preconceitos e trazer à tona a verdade dos fatos;porque ele freqüenta várias fontes,lê e ouve diversas correntes,interage com outros colegas e seu público e ,daí,com sorte,talvez consiga trazer a verdade para fora do poço.
Para se fazer um bom blog a gente tem que viver uma bela estória de amor com ele.É quase como o “poetinha “escrevia no poema “Para viver um grande amor”,lembram? Claro, todo apaixonado já leu...
“Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso” —para escrever um blog,também...Para ser um bom blogueiro , te digo, é preciso atenção como o "velho amigo", e também com o seu leitor..” É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o recente escrevinhador.”
Eu já ouvi: -Tolice,isso não vai dar em nada,perda de tempo e dinheiro,quem vai ler?E os materialistas:-o que você está ganhando com isso!?
Não adianta explicar,essa gente nunca iria entender...“Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade” — todo dia você tem que
comparecer,apresentar novidades,dormir e acordar pensando no seu leitor,sobre como agradá-lo,sobre como trazê-lo até você. Para fazer um blog perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador.É preciso aprender,consultar seus leitores,mandar e-mails,ouvir e ler comentários,manter suas idéias,apesar dos contrários;vaquinhas de presépio que concordam com tudo,não se dão bem na blogosfera.. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, o leitor sente — e esfria um pouco o amor.” Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro (ou não) com poesia “— para viver um grande amor ou faz um grande blog.
Por isso,faço um apelo ao meu leitor;comente,opine,dê sugestões sobre texto,demonstre seus desejos;nos e-mails que lhes envio,sugira temas,use a força da internet para resolver pequenas questões até sobre empresas que não cumprem promessas,recados aos políticos,conselhos para o dia a dia.
Internet é interação.Nunca houve ,em toda a estória da humanidade,pessoas tão próximas umas das outras,como nós,internautas.Vamos usar nosso poder.
Estou ao seu lado,querido leitor,daqui ou d’além mar.
O mundo é nosso!
Texto de Miriam de Sales Oliveira protegido pelo LCC.
As aspas referem-se aos versos de Vinicius de Morais no poema” Para viver um grande amor”.

COM A PALAVRA,O LEITOR:


19/01/2010 10:48 - Djanira Luz
Muito bacana esse seu texto, Miriam! E gostei das sugestões quesolicita aos leitores. Legal essa troca de informações onde poderáresultar em bons textos como o que acabo de apreciar.rs Beijoquinhas,querida!





sábado, 16 de janeiro de 2010

CITANDO CITAÇÕES


SÃO MUITO RAROS OS QUE MORREM DE REPENTE.EM GERAL,A PESSOA MORRE EM SESSENTA SUAVES PRESTAÇÕES MENSAIS.

MILLÔR FERNANDES,brasileiro,humorista e realista.

Gostou?

Então volte!


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

JULIA & JULIE:ESTE FILME VALE A PENA VER...



JULIE&JULIA
O que eu gosto da vida é das peças que ela nos prega.
Num dia insosso,em que fui à oftalmologista acompanhada do meu neto,depois da dita consulta,nada a fazer.
Não queria voltar para a casa; então,meu neto sugeriu que fossemos ao “Paseo Itaigara”,um shopping que não conhecíamos e assistir “Julie&Julia,uma comédia em cartaz há alguns dias.
Fui e tive a maior surpresa da minha vida.
O filme, baseado em fatos reais,narra a estória de Julia Child,escritora de um famoso livro de culinária e de Julie Powell,uma pessoa,igual a todos nós,cansada da sengracice da sua profissão e procurando uma válvula de escape para temperar a sua vidinha morna.
Então, decidiu escrever um blog onde tentaria passar para os internautas dos tempos modernos as mais de quinhentas receitas do livro da Julia Child.

E, ai,é que a vida dessa Julie passa a se parecer com a nossa,mulheres blogueiras.
Quando escreveu o primeiro post,todos a desanimaram,começando por ela mesma.-Quem vai ler?

Tanta gente inteligente na internet, quem vai se interessar por um blog chato que pretende ensinar às mulheres americanas a fazer ,na cozinha,alguma coisa menos insossa que hamburger ou bife com fritas?
Sua mãe foi a primeira a dissuadi-la.
Muito bem casada, como aliás a Julia do século passado,o marido não a desanimou...no início.Até que o computador passou a ocupar 80% das suas noites.Houve discussões,houve ,até,uma breve separação.
Julie registrava tudo isso no seu blog,inclusive a batalha travada com três lagostas para forçá-las a entrar na água fervendo e virarem depois de um certo preparo,Lagostas ao Thermidor”,prato clássico (e caro) da culinária francesa.
Logo o blog era lido por milhares de pessoas; os comentários,muitos.
Os jornais se interessaram por ela, o New York Times,”include”.
Julie escreveu um livro que virou best-seller que virou filme.Estamos falando da América,”of course”.
Aqui é um pouco diferente;todos querem tudo de graça.
Ela passou por tudo que nós passamos: plágio,comentários desagradáveis,momentos de total desânimo,auto-estima baixa,revolta por ver triunfar as nulidades e a gente continuar no ostracismo,editoras que nos dão com a porta na cara,acúmulo de trabalho,brigas maritais,e,nossos parentes a dizer:
-Tempo perdido,isso não vai dar em nada.é gasto de tempo e dinheiro.E,pior,você tende a acreditar que é verdade.
Mas,como uma kamikaze segue em frente.
Ah,o filme ,dirigido por Norah Ephron,foi interpretado por Meryl Streep,o adorável Stanley Tucci e Amy Adams.
Se eu fosse vocês,blogueiros ou não,não perderia!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

FIQUE DE OLHO!


Aprovada lei espanhola de proteção à propriedade intelectual na internet
A mobilização de jornalistas, blogueiros, usuários, artistas, ativistas que lançaram na rede O Manifesto em Defesa dos Direitos Fundamentais da Internet em dezembro parece não ter conseguido muitas vitórias. Acaba de ser noticiada pelas agências de notícias espanholas a aprovação pelo Conselho de Ministros da lei que permite fechar e bloquear páginas web com autorização judicial. A medida tem como justificativa a “proteção à propriedade intelectual e aos direitos do autor na Internet” e foi sutilmente incluída como artigo no anteprojeto de Lei de Economia Sustentável.
Na proposta inicial do governo espanhol, seria permitido o bloqueio e fechamento de páginas web que hospedem ou ofereçam, sem permissão dos titulares, links de arquivos sujeitos a direito autoral, como filmes, músicas e videogames sem autorização judicial. A versão aprovada prevê uma advertência de retirada de conteúdo a ser feita pela Audiência Nacional espanhola, à qual poderá ser enviada uma justificativa para análise.
Transcrito do blog:Livros e Afins

HINO AO SENHOR DO BONFIM DA BAHIA


HINO AO SENHOR DO BONFIM DA BAHIA

A letra e música foram compostas para a comemoração do centenário da
Independência da Bahia - relembrando os feitos heróicos dessa luta que, segundo a fé religiosa dominante, contou com a intercessão do Santo.
Escrito em
versos eneassílabos, o Hino foi composto em 1923, a pedido da Comissão Oficial do Centenário - grupo formado por intelectuais e autoridades, a fim de preparar, em Salvador, os festejos alusivos aos 100 anos da vitória do povo baiano sobre o jugo português, nas lutas que culminaram no 2 de julho,data da nossa Independencia.
Sua letra evoca um episódio histórico, registrado pelo historiador Santos Titara: a imagem do Senhor do Bonfim havia sido sequetrada pelas tropas portuguesas e, quando consolidada a vitória brasileira, foi esta restituída ao templo original, ainda em
1823, em cortejo popular. No centenário, este fato foi redivivo, sendo esta a origem da procissão que, todos os anos, enche de pessoas as ruas da cidade tendo prevalecido a versão do poeta Arthur de Salles ,meu tio avô e do Maestro Wanderley.
Esse hino,cívico-religioso ganhou popularidade nacional quando foi gravado por
Caetano Veloso,no CD “Tropicália.

O Hino



Glória a Ti neste dia de glória,
Glória a Ti, Redentor que há cem anos

nossos pais conduziste à vitória

pelos mares e campos baianos.
Refrão

Desta sagrada colina

mansão da misericórdia

dai-nos a graça divina

da justiça e da concórdia


Glória a ti nessa altura sagrada

És o eterno fanal, és o guia

És, Senhor, sentinela avançada

És a guarda imortal da Bahia.


Dessa sagrada colina

Mansão da misericórdia

dai-nos a graça divina

da justiça e da concórdia


Aos teus pés que nos deste o direito

aos teus pés que nos deste a verdade

trata e exulta num férvido preito

a alma em festa da Tua cidade


Desta sagrada colina

Mansão da misericórdia

dai-nos a graça divina

da justiça e da concórdia


Alma heróica e viril deste povo
Nas procelas sombrias da dor
Como a pomba que voa de novo
Sempre abriste teu seio de amor.
Refrão
Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dá-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

TRADIÇÕES DA BAHIA:LAVAGEM DO BONFIM


“QUEM TEM FÉ VAI A PÉ.”
TUDO começou com uma ameaça de naufrágio e uma promessa.
Sacudido por uma tempestade e á beira de um naufrágio,o Capitão Teodósio Rodrigues de Farias invocou o Sr.do Bonfim e prometeu construir uma Igreja,se fosse salvo.Não deu outra,pois,o santo não falha. Chegando são e salvo á Bahia,o Capitão cumpriu a palavra;mandou fazer uma imagem de 1.06m,em cedro,réplica perfeita da original em Setúbal e pediu autorização á Santa Sé para construir uma igreja,numa colina na Cidade Baixa,para onde levou a imagem,que estava na Igreja da Penha,na Ribeira,bairro próximo.
Começou assim a devoção que reina soberana desde 1745 até os nossos dias.
É a maior festa popular da Bahia;estende-se por quase todo o mês de janeiro com suas novenas,ternos,missas campais e a Lavagem das escadarias da Igreja,numa quinta-feira do mês de Janeiro, geralmente,a segunda.
A tradicional Lavagem deve sua criação ao preconceito reinante nesta cidade no inicio do século XX,quando a Igreja Catolica e a elite branca não permitia o culto dos negros e até os perseguia,sem dó,nem piedade.
Acontece que,no culto afro,Sr.do Bonfim é Oxalá,o maior de todos os orixás e precisava ser festejado,com a lavagem do seu templo na Colina,segundo o ritual,com água perfumada de flores brancas e alfazema:eram as águas de Oxalá.
O clamor pela proibição foi tamanho que a Igreja cedeu um pouco;”o povo de santo” lavaria o adro e as escadarias,enquanto o templo permaneceria fechado.
O cortejo sai do Comercio,geralmente no meio da manhã,da Igreja de N.Sra.da Conceição da Praia e um mundo de gente ,moradores,turistas,adeptos ou não da religião africana,políticos que querem “sair bem na foto”,milhares de pessoas vestidas de branco,cavaleiros,carroças enfeitadas,o afoxé “Filhos de Ghandi”,esparzindo perfume de alfazema no meio da multidão,jornalistas daqui e d’além,percorre os 8 km e sobe a colina para assistir á festa.
Gente de todo lugar!”Eu vim de Ilha de Maré,minha senhora.prá fazer samba na Lavagem do Bonfim”,cantava Batatinha,sambista de escol.
Cerca de 500 baianas vestidas de branco,com seus trajes engomados e rendados cheirando a patchulí,distribuem banho de cheiro aos passantes,para tirar as ziquiziras e afastar o mau-olhado.
Fitinhas de Sr.Bonfim,chamadas “medidas”são distribuídas ás mancheias para todos que têm um sonho secreto e esperam concretizá-lo;deve-se dar três nozinhos enquanto se faz três pedidos e deixar no pulso,sem nunca tirar;quando a fitinha rasgar o pedido será atendido,tão certo como dois e dois são quatro.
A “medida”tem exatos 63 cm,distancia da chaga do peito de Cristo até Sua mão esquerda.
Coloridas e belas trazem felicidade.
Por todo o Largo e subindo a Colina barracas de comida e bebida distraem e alimentam os passantes;é o acarajé dourado,o oloroso abará,o efó,o vatapá,ouro líquido,o caruru perfumado,é o mistério ,a cor e o cheiro desta cidade mágica cheia de ritmos e axé ,onde é impossível ser infeliz. Durante todo o trajeto,canta-se com emoção ,o Hino ao Senhor do Bonfim,música de Péthion de Villar e letra do poeta Arthur de Sales,da qual tenho a honra de ser sobrinha-neta. Amanhã estarei lá,de branco,reverenciando o maior orixá da Bahia,fazendo meus pedidos e tomando banho de cheiro,para limpinha,levinha,com a alma perfumada e feliz ,seguir o meu destino.
Como todos!
“Andá com fé eu vou,qui a fé nun custuma faia...”


“Desta Sagrada Colina
Mansão da Misericordia
Dá-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia”.
Que as bênçãos de Oxalá tragam paz ao mundo.

IMG:busca Google


Gostou?Quer saber mais sobre a festa?
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FALA O LEITOR:



Cara Miriam, boa tarde Até que eu tento, mas as "exigências" continuam para que eu deixe um comentário no "Contos e Causos" São: perfis, senhas, etc... De qualquer forma segue abaixo: Abraço "Ah, um dia ainda vivenciarei tudo isso! É um dos poucos Estados que ainda não visitei. A Bahia está de parabéns por ter uma filha ilustre como você. Andar com fé eu vou.... Beijos" Paulo Kostella,escritor

RESPOSTA:Meu caro amigo e colega,muita gente se queixa disto;mas´postei o comentário c/meus agradecimentos.AXÉ!

18/01/2010 21:25 - Ângela Rodrigues GurgelAdoro rituais e este é lindo e muito significativo. Amei ler você.Abraços.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CINEMA SAUDADE


Margaret:-Meu marido morreu!
Groucho:-Aposto que ele está usando isto como desculpa...
Margaret:-Fiquei com ele até o último minuto.
Groucho:-Não é de espantar que ele tenha morrido.
Margaret:-Eu o estreitei nos meus braços e o beijei profundamente!
Groucho:-Ah,então foi assassinato!...

Diálogo do filme "O Diabo A quatro",com Margaret Dumont e Groucho Marx,1933





segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

FRASES LAPIDARES.


ÊTA POVO CRIATIVO,SÔ!...


ÊTA POVO CRIATIVO, SÔ!...
Circula na internet novas sugestões para outros filmes sobre Lula,nosso mais novo “astro”.
Alguns amigos meus a.d.o.r.a.r.i.a.m que esses filmes fossem mesmo rodados.
Já temos os títulos:
*Lula Jones no templo do apagão
*Querida,encolhi a oposição
*Se meu tesoureiro falasse
*Presidente neurótico, candidata nervosa
*O presidente que não sabia demais
*Cidadão Kana
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domingo, 10 de janeiro de 2010

VOCÊ SABE O QUE É SER GAGÁ?



Os mais jovens não sabem o que é gagá.Nem têm idade para ser um.

Gagá era como se chamava antigamente os velhotes descompreendidos que não se comportavam de acordo com a sua idade ou os caducos, alguns já clientes do Dr.Alzhaimer;ou começando a ser.

O famoso humorista Millôr Fernandes os definiu magistralmente.Com algumas modificações(afinal,Millôr,o tempo não pára)ei-las aqui:

#Ser gagá é casar com uma mulher muito mais jovem e correr para apresentar aos amigos,um filhote,prova da sua virilidade.

#É chamar cinquentona de "menina".

#É viver pendurado nas revistas científicas esperando a droga da eterna juventade.Como já andam de memória fraca não se lembram das tentativas inglórias de Ponce de Léon.

#É ler primeiro que tudo,nos jornais,os anúncios fúnebres.

#É espiar um brotinho que passa(que,aliás,hoje é mina,gata,avião,gostosa etc) e ouvir alguém dizer:-Que velho tarado!

#É viver aposentado, andando de um lado prá outro sem direção nem ação.

#É se sentir muito só.Isso o torna egoísta e amedrontado.

#É sentir que ninguém mais o acaricia,com prazer,nem ele mesmo.

#É sorrir interminavelmente,não por alegria ou felicidade,mas,porque a dentadura ficou maior que a arcada.

#É ter estado em Paris em 19...e antigamente.

#É descobrir, assistindo a um filme do cinema mudo,um galã da sua idade.

#É ter ouvido a Rádio Nacional,e adorar o Repórter Esso.

#É se lembrar muito bem das brigas de Dalva e Herivelto e achar Getúlio,o máximo.

#É reclamar das modernidades,dos costumes(ou da falta deles)e repetir com freqüencia:-No meu tempo não era assim...

#É lembrar que ,na sua mocidade,era assim que se escrevia pharmacia,philarmônica e phoda.

#De phoda,então,não ter memória,só uma vaga lembrança...

#É se perguntar sempre:o cara chega à velhice ou já nasce com ela!?


#Para saber se você,garanhão beirando os setenta,está velho,responda esse breve questionário(muito breve para você não esquecer a pergunta no meio da resposta):

a-você fala em Hebe Camargo com muito entusiasmo?

b-resolve contar tudo do seu passado e ningúem mais se interessa em ouvir?

c-enche-se de indignação quando vê uma microssaia?

d-começa a freqüentar a Igreja?
e-usou desodorante Frigia,óleo Glostora nos cabelos,seu sabonete era Lever e andou de bonde?


Meu amigo,a única vantagem da velhice é que ningúem vem mais te chatear querendo vender seguros de vida...

sábado, 9 de janeiro de 2010

SARAMAGO E EU

SARAMAGO E EU
O título é dúbio ;Apesar de ter atravessado dois continentes e três países á procura de Saramago,ele nada sabe de mim e,provavelmente jamais saberá.
Apaixonei-me pelo escritor, no bom sentido,desde que li seu livro”A jangada de pedra “ e,nunca mais parei,pois tenho,lida e relida,toda a sua obra publicada.
Nas minhas andanças por Portugal, resolvi tentar conhecê-lo;os amigos diziam que ele era arredio,não gostava de assedio,no que está certíssimo,não sendo nenhum astro de rock e,sim,um autor seriissimo e circunspecto,como a maioria dos portugueses de sua época.
Primeiro o procurei na Câmara de Lisboa-disseram-me que era vereador_ -informação não confirmada por mim. Malogro total; não consegui encontrá-lo.
Sabendo que morava em Lanzarote,pensei:-eu o apanho lá-;fui umas cinco vezes às Canárias,e,numa destas,peguei um barco da Mediterranea para Lanzarote,uma ilha vulcânica,mas,sossegada,sem o charme de Las Palmas ou Tenerife,cujo movimento dos turistas,no verão,torna impossível a perfeita estadia nessas plagas,tão agradáveis.
Chegando lá,outra decepção;o casal estava de viagem e eu só tinha um dia.Voltei com a moral baixa e o rabo entre as pernas,lembrando minha sábia avó,que dizia:quem vai sem ser convidado,volta sem ter jantado;e,assim sucedeu;jantei emTenerife,um arroz amargo e solitário.
Perdi as esperanças de ter um livro autografado por ele, mas,o diabo as arma.Meu marido foi ,só ,à Lisboa visitar parentes e soube que Saramago estava numa tarde de autógrafos na Livraria Bertrand;ficou numa bicha quilométrica,ele que nem é chegado a essa palavra,seja no significado brasileiro ou luso.A bicha(fila)não andava,ele ,impaciente,mas,o amor faz milagres;conseguiu ,para mim,uma afável dedicatória e assinatura do escritor dos meus sonhos.
O livro é o “Levantado do chão”,era o verão de 2000,em Lisboa e a dedicatória vinha com um beijo;levantada do chão fiquei eu,com a afabilidade e simpatia do autor.Não o conheci pessoalmente,mas,tenho aqui comigo seu jamegão e,como sou uma garota bem comportada,fiquei feliz com o que mereci
Estou contente,li o livro e,como o elefante Salomão,já tive a minha ração e estou satisfeita com ela.Como reza a frase do “Livro dos Itinerários”:Sempre chegamos ao sitio aonde nos esperam.Quem sabe,um dia...
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DITADOS POPULARES EM TROVAS


DITADOS POPULARES EM TROVAS
Povo musical e versejador pela própria natureza, os lusos nos legaram os mais interessantes ditos populares, que, aqui, foram acrescidos pela natural verve brasileira, com suas manhas e encantos .
Muitos adágios populares chegaram até nós em forma de trovas; nada de espantar, sendo a trova a mais primitiva e perfeita expressão da alma portuguesa. Esses ditos populares continham conselhos ou críticas de situações pouco ortodoxas, em voga na antiga sociedade e, comuns até hoje.
Moça satisfeita com o bom rumo que tomava os seus amores cantava:
Toda a vida desejei
O meu amor, Manoel...
Agora, tenho-o á mão:
Caiu-me a sopa no mel!
Um bom conselho para se casar cedo (ou dar estado) ás raparigas, exprimia-se nesses versos, que continham uma certa sabedoria:
Ó meu pai, casa-me logo,
Enquanto sou rapariga:
O milho plantado tarde
Nunca produz boa espiga.
Esta é para quem está desolado por haver perdido um amor:
A maré quando enche e vaza,
Deixa a terra descoberta...
Vai-se um amor e vem outro;
Nunca vi coisa tão certa.
Esta, louvando a esperança, é brasileira e nordestina, com certeza:
Menina da saia verde
De verde cor da esperança;
Teu desdém não me amofina:
Quem espera sempre alcança.


Outra, brasileira, de Pernambuco:
O direito do anzol
É ser torto e ter barbela,
O direito do rapaz
É casar com uma donzela.

Essa crítica de costumes é ótima:
Toda desgraça do homem
É falar fino e esmorecer,
Larga a muié e mora perto,
Prá todo dia ela ver.
Outra, certeira como uma flecha, tem origem no Nordeste:
O homem que bebe e joga,
Mulher que erra uma vez...
Cachorro que pega bode,
Coitadinhos deles três!...
Não podiam faltar as sogras:
Sogro e sogra
Milho e feijão
Só dá resultado
Debaixo do chão.
E, para terminar, o mais sábio de todos os dizeres:
Duvido haver como este
Um ditado mais profundo:
Dinheiro e mulher bonita
É quem governa este mundo.

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Sua opinião e sugestão será bemvinda.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

TODOS OS SANTOS E UMA MÃE



Meu amigo Lito é um sujeito engraçado, bon-vivant, muito amigo do pulha, como diria Mestre Machado.
Adorava boemia, cerveja das, jogar conversa fora com os amigos na Cantina da Lua e falar da vida alheia, que é pecado, mas, é divertido.
E mantinha essa rotina, diariamente, apesar da mãe,ou por causa dela.
A mãe era uma santa senhora espanhola, ultra religiosa, viúva honesta, que dedicou toda sua vida ao filho; mães assim constituem um perigo, principalmente, esta, cuja altura, peso e cabelo nas ventas, parecia um sargento dos granadeiros e velava pela saúde do filho com a tenacidade de um policial.
Na verdade ela era uma mistura de mãe portuguesa, judia e italiana; junte tudo isso e veja no que dá. Quando meu amigo se preparava para as noitadas, lá vinha a boa senhora, atrás dele, marcação homem a homem, carregando casacos de lã, ignorando solenemente os 35º de Salvador; isto e mais a gemada, contra a tuberculose, o cordial, contra gripe, toda uma parafernália de poções, alimentos e quejandas que daria para abastecer um exercito; meu pobre amigo, magrinho, baixinho, não tinha onde armazenar tanta coisa. Paciente, ia ele se dirigindo para a porta, era dessas casas antigas com um longo corredor e ela atrás, falando:

-Meu filho, Sr, do Bonfim te acompanhe.
-A. Senhora de Guadalupe, te guarde.
-Sto.Antonio que te ilumine.Sta. Bárbara, que guie teus passos.
E meu amigo, andando; no fim do corredor, já com a mão na maçaneta, ele retruca:
- Mãe, escolhe quem é que vai, pois meu carro é fusca e ainda tem que deixar lugar para minha namorada.
Texto extraido do livro "CONTOS E CAUSOS"

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DIRETO COM O AUTOR


Vivemos um momento de significativa transição na maneira como produzimos distribuímos e acessamos informação. Yochai Benkler, autor do livro The Wealth of Netwoks, talvez uma das mais importantes obras que discutem as transformações econômicas e políticas decorrentes da popularização da rede mundial de computadores, descreve detalhadamente as diversas conseqûencias decorrentes da emergência da economia de informação em rede. Segundo ele, durante os últimos 150 anos, as modernas democracias complexas dependeram estritamente de uma economia de informação industrial para se organizarem. Na última década e meia, estaríamos vendo um mudança radical desse modelo cultural. Possibilitada por transformações tecnológicas, Benkler afirma que estaríamos presenciado uma série de adaptações econômicas, políticas e sociais que tornam possível uma câmbio radical na maneira como construímos o ambiente informacional que ocupamos enquanto indivíduos e cidadãos.
A mudança estrutural que acredita-se está em curso, potencializará, como já é possível perceber, um numero muito maior de iniciativas de produção de cultura não-proprietária e orientada para além do mercado. Estas novas práticas emergentes possuem um sucesso notável em áreas tão distintas quanto desenvolvimento de software, jornalismo investigativo, pesquisas científicas e jogos multiplayer online. Embora estruturadas em torno de objetivos muito diferentes, essas práticas possuem modelos organizacionais semelhantes. São descentralizadas, baseadas na colaboração aberta de indivíduos dispersos geograficamente, envolvidos de forma voluntária e autônoma por afinidades políticas, culturais e morais.
Mas, assumindo que a natureza humana não mudou na última década e meia, quais são as bases materiais que possibilitam a emergência dessas iniciativas no centro da economia capitalista mundial?
Uma resposta breve para essa pergunta reside no colapso dos custos de comunicação a longas distâncias. No último século e meio, as tecnologias de comunicação tenderam a concentrar e comercializar a produção e a troca de informação na proporção em que ampliavam o alcance geográfico e social. Prensas mecânicas volumosos e o telégrafo, combinados com modelos de gestão para transformarem jornais locais de baixa circulação em mídia de massa. E na medida que esse modelo midiatico se expandia, o fluxo de informação se tornava, cada vez mais, uma via de mão única. A audiência crescia, assim como sua dispersão geográfica e social, e o discurso público (ou opinião pública) amplamente divulgada, formadora da base compartilhada da conversação política e do entendimento cultural provinha crescentemente dos produtores comerciais de capital-intensivo em direção a consumidores passivos e indiferenciados. Esse modelo foi adotado também pelo rádio, pela Tv, e posteriormente pelas comunicações a cabo e satélite.
A internet é o primeiro meio de comunicação moderno que amplia o seu alcance descentralizando o capital estrutural de produção e distribuição de informação, cultura e conhecimento. Os servidores e roteadores não são muito diferentes, do ponto de vista técnico e econômico, dos computadores pessoais. O mesmo não pode ser dito quando falamos do rádio e da televisão, por exemplo. Boa parte do capital físico que alicerça a rede mundial de computadores está descentralizada e pertence aos próprios usuários. Estas mudanças nas condições materiais de produção e distribuição de informação e cultura têm um impacto forte na forma como concebemos o mundo que ocupamos, assim como as alternativas de ação coletiva possíveis.
A produção social colaborativa, ou a produção social por pares, seja lá como descrevamos este fenômeno, é umas das alternativas que se tornaram viáveis. Há dez anos atrás, se alguem propusesse escrever a maior enciclopédia do mundo, baseada no trabalho voluntário de milhares de colaboradores, cujo produto seria disponibilizado gratuitamente para milhões de pessoas, no mínimo, duvidaríamos da sanidade mental do proponente. Pois a Wikipédia existe. Se há dez anos, alguém dissesse que o processador mais poderoso do mundo seria construído com base na contribuição voluntária de milhares de pessoas disponibilizando a capacidade de processamento ociosa de seus computadores pessoais, seríamos céticos dainte de suas possibilidades de sucesso. Pois o Folding@home existe. Isso tudo pra não mencionar o primeiro projeto de todos, e talvez o de maior sucesso baseado nesse modelo, o desenvolvimento do sistema operacional aberto/livre GNU/Linux.
As empresas capitalistas mais inovadoras reconheceram a importância do conteúdo produzido por usuários, e se utiliza dele para produzir valor. Como em qualquer mudança brusca de produtividade, as empresas mais ousadas buscam maneiras inovadoras de extrair lucros diante de um novo cenário produtivo. Youtube, Google, IBM são alguns exemplos paradigmáticos. Porém, o que há de peculiar neste cenário, é que boa parte deste novo modelo produtivo de informação, cultura e conhecimento extrapola o universo mercadológico. Estamos falando de ações coletivas que não se orientam pela necessidade de lucro, que não obedecem os modelos organizações das firmas.
É, justamente, na encruzilhada da possibilidade de exercitar maior liberdade e autonomia organizativa e de produzir uma cultura mais diversificada e livre que enxergo a iniciativa da Editora Plus. Uma editora que não depende do mercado para sobreviver, e que portanto não se baliza pela lógica de mercado para escolher suas publicações. Repito o exercício retórico que havia feito acima. Se há uma década, um grupo de pessoas se reunisse para fundar uma editora com o objetivo de publicar os mais diferentes autores, e distribuir suas publicações gratuitamente em todo o território nacional, teríamos certeza do insucesso desta iniciativa. Pois a Editora Plus existe.


AUTOR:LINEU OLIVEIRA,da Editora Plus

TEXTO EXTRAIDO DO SITE "LIVROS E AFINS"

HOJE É DIA DE POESIA...

ISTO
FERNANDO PESSOA

Dizem que finjo ou minto
tudo que escrevo.Não,
eu simplesmente sinto.
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
o que me falha ou finda,
é como que um terraço
sobre outra coisa ainda,
essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
do que não está ao pé,
livre do meu enleio,
sério do que não é.
Sentir?Sinta quem lê!

domingo, 3 de janeiro de 2010

EU JÁ FUI... VISITAR A COSTA DO DENDÊ

Que tal um dia diferente?
Esqueça shopping,vida urbana,trânsito,mesmices.
Passe a mão no carro,pegue o ferry-boat,fora dos dias e horários de pico e ganhe a estrada.
Se for muito sortudo ou um sujeito organizado , você pode atravessar o mar de Salvador até à Ilha de Itaparica,no novo ferry,o Ivete Sangalo,confortável,veloz,bem cuidado,amplo,claro e alegre.
Digo organizado porque você pode ir de hora marcada,
sem esperas estressantes.
O ferry ,que leva o nome da estrela do axé ,parece-se com ela;ligeirinho,bonito,claro ,alegre,seguro,musical.
Ainda mais agora ,que a Ivete virou mamãe e está esbanjando felicidade; já não é mais Ivete Sem Galo,como murmuravam as más línguas que,na Bahia,são muitas.
Fiz a travessia de manhã cedinho,com minha filha e meu genro.
Chegamos sem turbulências à Ilha de Itaparica de onde teríamos acesso à Costa do Dendê.
Chovia,mas,nem nos demos conta. Aproveitamos a fresca da manhã.Não é uma excelente forma de começar o ano?

A VIAGEM

Ituberá

Valença

Nazaré das Farinhas

Fazia um tempinho que eu não ia à Costa do Dendê.
Atravessamos a Ilha de Itaparica,passando,sem ver,por suas localidades de nome sonoro e praias belíssimas:Gameleira,Mar Grande,Itaparica, Porto Santo,Manguinhos, Barra Grande,Cacha Prego,entre outras.
Seguimos viagem em direção a Nazaré,a das farinhas e dos famosos caxixis,artesanato em barro,mundialmente famoso.
Como todas as velhas cidades do Recôncavo,tranqüila,nobres casarões do tempo do Imperador,cadeiras nas calçadas,casas baixas pintadas de cores fortes,como um presépio,com plaquinhas de alvenaria escrita em cima que é um lar,como na bela música de Chico.
Em Valença,cheia de prosopopéia,pois é onde fica o Guaibim e a ilha de Tinharé,cuja celebridade maior é Morro de São Paulo,cantada em prosa e verso , paraíso dos turistas.Vetustos casarões coloniais,a ponte sobre o Rio Una e os deliciosos caranguejos tornam essa visita muito estimulante.
Toda essa região é rica em mariscos ,peixes e camarão.
De Valença chegamos a Nilo Peçanha,seguida por Taperoá, terra do dendê.
Cada região dessa tem seu cheiro característico e inesquecível;o cheiro do bambá,a melhor parte do dendê,em Taperoá;o cheiro do sãogonçalinho ,na estrada de Valença;o cheiro do cravo,em Ituberá,o cheiro das castanhas assadas em Nilo Peçanha,o cheiro dos manguezais.
Lembranças da infância,doces lembranças...
Ituberá seria o ponto final de nossa viagem.Viemos buscar Natália,minha bisneta e também atraídos pelas reservas florestais e,principalmente,para conhecer a Cachoeira da Pancada Grande.

ECOTURISMO EM ITUBERÁ


ECOTURISMO EM ITUBERÁ
Diante de nós a biodiversidade da Mata Atlântica,um dos mais importantes ecossistemas da terra.Mas,infelizmente,um dos mais ameaçados.Só 5% dessa mata está preservado.
A Michelin,que cuida dessa reserva,quer preservar o que restou,dentro dos três mil hectares sob sua responsabilidade de conservação.
A reserva é limpa,bem cuidada,com funcionários educados e prestativos,entre eles,salva-vidas com equipamentos para salvamento,nas águas fortes e revoltas em certos trechos da cachoeira.Mesas e banquinhos feitos com madeira da região recebem as pessoas que querem fazer picnic.
Na Trilha do Guigó,existe um abrigo para pesquisas noturnas;na Trilha das Andorinhas,quatro km de árvores e cipós de todos os tipos que margeiam o Rio Serinhaém pouco antes de suas águas despencarem na Cachoeira da Pancada Grande,principal objetivo da minha viagem.
Esta majestosa cachoeira de 61 m de altura,a maior do litoral da Bahia,é de uma beleza selvagem e indescritível.
Existem mirantes em três pontos distintos;um deles,o mais alto,a gente sobe uma escadaria de 365 degraus e desfruta a mais bela paisagem do que restou da Mata Atlântica.Mas,se você não quer ter trabalho(ou sofre de reumatismo),não se entregue ao pessimismo,pois pode subir de carro;um pouco adiante da entrada,tem uma ladeira que lhe leva lá.No conforto!
Se Paris valia uma missa,para Hemingway,esta vista vale o sacrifício da subida;ao chegar ao topo tive vontade de bater no peito e soltar o grito de Tarzan.
Passear nas trilhas ouvindo o canto dos pássaros,observando as andorinhas e acompanhados pelos olhinhos de milhares de micos e macacos pregos que nos miram assustados ,não tem preço.Após a trilha das andorinhas vem a Ilha dos Macacos.Olhe,abra a boca e agradeça ao Grande Arquiteto por você estar aqui contemplando a Mãe Natureza em todo seu esplendor.
Voltei a Salvador descansada e rejuvenescida.
Quem puder,passe lá!