NOITE
As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem. Todos os rumores são postos em surdina, todas as luzes se apagam. Há um grande aparato de câmara funerária na paisagem do mundo. Os homens ficam rígidos, tomam a posição horizontal e ensaiam o próprio cadáver. Cada leito é a maquete de um túmulo. Cada sono em ensaio de morte. No cemitério da treva tudo morre provisoriamente. *Quer saber mais sobre o poeta? Leia sua biografia na coluna ao lado. |
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