Nossa equipe na Bienal de Minas,2010
Certamente que quando Dale
Carnegie escreveu este livro,creio que na década de 30 ou 40 ainda não deveria
haver festas literárias.
Mas, este título, aplica-se
bem a elas.
Em festas assim conhecemos e
interagimos com muitos leitores e
escritores;normalmente esses últimos são acusados de ter um ego do
tamanho de um bonde e diz- se que não costumam se dar bem uns com os outros.
Talvez por essa ser uma
profissão altamente competitiva,principalmente num mercado escasso de leitores
como o Brasil,e, por todos disputarem um lugar ao sol.
Na última festa literária
que participei,onde estavam reunidos dezenas de profissionais da palavra do
mundo todo ,não percebi nada disso;e,olhe que sou muito observadora e adoro
prestar atenção nos seres humanos,essas figuras fascinantes,que tentamos
imortalizar nos nossos livros.
Não devemos esquecer que um
escritor é também um ser humano,sujeito a chuvas e trovoadas,como todos;haverá
o dia em que despertarão com o pé
esquerdo,como todo mundo.
O escritor é apenas um
operário da palavra com obrigações profissionais como qualquer outra pessoa. E
que luta pela vida como todo mundo .E, confesso a vocês, uma vida muito
difícil!
Alguns acham assustador
levantar pela manhã e encarar uma tela branca pronta a sugar palavras.Todo dia fazendo tudo quase sempre
igual...
Apreciando Paulo Cavalcanti em Paraty
Mas, estou me desviando como
sempre do tema que escolhi para hoje que é
a amizade;a importância das festas literárias para ampliar conhecimento
e informação e conhecer nossos pares,aprendendo com eles.E,vocês não são
capazes de avaliar o que aprendi nesses dias com esses mestres da Literatura que conheci
em Marechal,durante a Flimar e na Fliporto,em Pernambuco.
Lançamento do "Bahia de Outrora,em Paraty
Ia ouvindo e guardando
carinhosamente essas informações e depoimentos informais no cantinho mais
impenetrável do meu coração como uma espécie de poupança para o futuro; descobri
tudo que não deveria fazer e o que seria
necessário fazer para marcar presença nesse cenário assustador que é a Literatura
,assim mesmo,no maiúsculo.
Para mim, ser escritor não é
apenas escrever livros é mais uma atitude diante da vida,uma exigência e uma
intervenção;é desassossegar e nunca acumpliciar-se.É ser um apóstolo cuja
religião é o conhecimento.
Mesa em Alagoas
Bambas como Antonio Torres,Ignácio
de Loyola Brandão ,Marina Colassanti,Marcos Accioly, Affonso Romano,gente que
tem tanto a ensinar,tanta informação a passar e que se debruça com atenção para
pessoas como eu que estão começando,trilhando os primeiros caminhos nesta selva
onde se criam livros,editam e publicam ,três palavrinhas tão fáceis de escrever e tão difíceis de realizar.
A primeira lição que aprendi
foi a da humildade; a segunda, a da solidariedade e a terceira a da
persistência; todos passaram pelo que estou passando hoje e todos venceram.
Não bebi apenas o
conhecimento no pequeno convívio com esses mestres; bebi, também, a esperança.
Como escritora – sempre – e como
editora iniciante,aconselho aos meus colegas que participem de todos os eventos literários que puderem.Desde
lançamentos de livros até as mais importantes festas e feiras
literárias,até mesmo as bienais ,onde os fracos não têm vez.
Não recebeu um convite,não
será participante de uma mesa? Vá assim mesmo. O importante é o convívio e o
aprendizado. Chegue, apresente- se,mostre seu trabalho,faça-se
respeitar.Acredite, dependendo de como se comporte você será lembrado.Convém
dizer que escritor não é cantor de pagode.Não queira aparecer de modo errado,
forçar situações,criar constrangimento.
FLICA,em Cachoeira
Existe a liturgia do cargo,
meus amigos; escritor que se preza não perde tempo escrevinhando bobagens no
Facebook. A menos que você queira ser
conhecido como um escritor
folclórico ou popularesco.
folclórico ou popularesco.
Tenho um querido amigo ,o
Paulo Cavalcanti, autor do “O Martírio dos Viventes” ,um livro
extraordinário.
Paulo,uma figura serena que
impressiona pela humildade soberana e pela persistência,não se sente barrado no baile.Chega (por conta própria)
vê, é visto e vence.
Não participa das grandes
mesas e debates, mas, vende mais livros do que alguns escritores consagrados,
mas, sem carisma,ou aqueles cujo público é forçado pelas suas poderosas editoras a engolir garganta abaixo.Os que eu chamo de aves
de arribação. Chegam, são endeusados pela mídia, vendem meia dúzia de
livros,são frequentemente citados entre os mais vendidos (o que o dinheiro não
faz!) e desaparecem para sempre.
Já o Paulo...
Eu o conheci em Paraty e me
chamou a atenção aquele homem vestido a
caráter,com um chapéu de vaqueiro,subido num banquinho,como uma estátua
,apresentando seu livro.Conversei com ele, soube que é professor paraibano,
filho de lavradores,especializado em Educação,licenciado em História, dono de uma cultura invejável além do sorriso
encantador.Voltei a encontrá-lo em Alagoas e Pernambuco.
Seu modo de trabalhar o
livro diretamente com o público, sem intermediários tem lhe rendido muito
sucesso nas feiras que participa.
É o exemplo do escritor que
trabalha, crê em si mesmo e chega lá.Ele corrobora o que diz Euclides da Cunha:”O
sertanejo é antes de tudo,um forte.”
Reunião U.B.E
Até chegar ás grandes mesas
eu comecei assim; vendia meus livros pelas ruas das cidades onde as feiras se
realizava e ,em restaurantes,como em Paraty.
Por minha conta e risco fui
a todas as festas literárias para as quais , agora, vou como convidada.
Isso mostra o que disse um
grande escritor e eu ratifico: “Sucesso só vem antes de trabalho no dicionário”.
,O verdadeiro escritor não dorme sobre os louros conquistados.
Escritor ,teu nome é trabalho!
ISSO INTERESSA A EDITORES E ESCRITORES
ISSO INTERESSA A EDITORES E ESCRITORES
A Câmara Brasileira do Livro e a
Fundação Biblioteca Nacional abrem as inscrições para a participação no estande
do Brasil no Salão do Livro de Paris 2012. A feira será realiza de 16 a 19 de
março.
Promovido e organizado pela CBL e FBN, o estande brasileiro terá 90 m² para comportar a representatividade, a diversidade e a qualidade do mercado editorial brasileiro.
Promovido e organizado pela CBL e FBN, o estande brasileiro terá 90 m² para comportar a representatividade, a diversidade e a qualidade do mercado editorial brasileiro.
Regras para
participação:
·
As inscrições seguirão abertas até
8-2-2012, 4ª feira;
·
Os módulos terão custo ZERO aos
editores expositores;
·
Sugerimos que sejam enviados 30
unidades de livros por editora;
·
Os livros enviados pela CBL não
poderão ser vendidos;
·
Após a feira, a Embaixada Brasileira
em Paris irá doar os livros;
IMPORTANTE:
os serviços oferecidos pela CBL para a participação das editoras nas feiras
internacionais são voltados exclusivamente para a exposição de livros. Por
isto, a CBL não oferece pacotes de viagens ou descontos em passagens aéreas.
Pagamentos: cada expositor pagará as despesas geradas com frete e taxas de
exportação, proporcional à quantidade, peso e volume de seus livros enviados.
Mais detalhes sobre o evento, entre em contato com: brazilianpublishers1@cbl.org.br ou pelo telefone (11) 3069 1300 .
Mais detalhes sobre o evento, entre em contato com: brazilianpublishers1@cbl.org.br ou pelo telefone (11) 3069 1300 .
Um artigo excelente, parabéns. Tem um mimo do blog para você, quando puder passe lá para ler e pegar. Um abraço, Yayá
ResponderExcluirÉ isso aí, Miriam! O escritor é o dono daquela fala que a gente ouve com os olhos. Ótimo o artigo. Abração. E esta feira aí, hein? Quem dera se houvesse uma brecha para os escritores também.
ResponderExcluirBom dia, Miriam! Sempre fui um tanto 'reclusa,' mas sei que você tem razão...
ResponderExcluirVoce bem sabe a vida de um escritor,tenho acompanhado sua trajetoria e lhe vejo como pipoca por este Brasil.Seu texto é perfeito retrato da realidade.
ResponderExcluirUma bela semana Miriam.
Meu abraço de paz e luz.
Bjo.