O BRASIL É UM PAÍS DE DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS...
Miriam de Sales
OS VERDADEIROS DONOS DO BRASIL E O FAZ CONTA ENTRE O SUPREMO E O SENADO.
Valter Xéu*
Ninguém mais duvida, após um ano e meio do golpe que usurpou o Poder Executivo de uma Presidenta eleita, a quem interessou o esbulho da vontade popular.
Claro que foram, principalmente, os capitais financeiros, as empresas estrangeiras, a geopolítica dos Estados Unidos. Mas estes são useiros e vezeiros em golpes no Brasil e no mundo.
Aqui, nesta paróquia, o golpe se deu pela bandidagem. É, meu caríssimo leitor, um Primeiro Comando da Capital (PCC) que não se limita a São Paulo do PSDB. Que ganhou foro nacional. Que controla os poderes da república (letra minúscula).
E para isso haja enrolação, criem-se jurisprudências, inventem-se doutrinas e rasguem-se leis, princípios, e viva o óleo de peroba!
Ontem, ao julgar Eduardo Cunha, o presidente da câmara dos deputados, o supremo tribunal federal doutrinou pelo princípio republicano: ninguém está acima nem abaixo da lei. Recolha-se o meliante.
No caso do senador Delcídio do Amaral, criou-se a confusão do flagrante, mas ao fim foi preso.
Agora chega-se a um capo. O presidente do principal partido do golpe, o que tem as chaves das prisões paulistas, onde trafega o PCC.
Assim não dá. É chamada a criativa imaginação dos juristas do supremo. E, ora ironia, a república do golpe deixa de ser republicana para ser ……. democrática. O importante é manter a escolha do povo!
Tamanho despautério já não revolta os ardorosos éticos das panelas, os imaculados cidadãos da lei e da ordem. Trata-se de cumprir a sina dos subjugados aos verdadeiros donos do Brasil.
E todos sabem, pelas palavras do capo, que quem sai da linha, seja primo ou amigo, leva chumbo. Vamos rever a trilogia do Poderoso Chefão, que proponho entre para o currículo das escolas sem partido. Um ensinamento indispensável para o Brasil dos temer, serras e bolsonaros.
Enquanto isso, corem de vergonha os herdeiros do trono, uma portaria ministerial revoga a Lei Áurea. Uma reivindicação dos derrotados de 1930. E assim caminha a civilização do retrocesso.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescera injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)
Aqui, nesta paróquia, o golpe se deu pela bandidagem. É, meu caríssimo leitor, um Primeiro Comando da Capital (PCC) que não se limita a São Paulo do PSDB. Que ganhou foro nacional. Que controla os poderes da república (letra minúscula).
E para isso haja enrolação, criem-se jurisprudências, inventem-se doutrinas e rasguem-se leis, princípios, e viva o óleo de peroba!
Ontem, ao julgar Eduardo Cunha, o presidente da câmara dos deputados, o supremo tribunal federal doutrinou pelo princípio republicano: ninguém está acima nem abaixo da lei. Recolha-se o meliante.
No caso do senador Delcídio do Amaral, criou-se a confusão do flagrante, mas ao fim foi preso.
Agora chega-se a um capo. O presidente do principal partido do golpe, o que tem as chaves das prisões paulistas, onde trafega o PCC.
Assim não dá. É chamada a criativa imaginação dos juristas do supremo. E, ora ironia, a república do golpe deixa de ser republicana para ser ……. democrática. O importante é manter a escolha do povo!
Tamanho despautério já não revolta os ardorosos éticos das panelas, os imaculados cidadãos da lei e da ordem. Trata-se de cumprir a sina dos subjugados aos verdadeiros donos do Brasil.
E todos sabem, pelas palavras do capo, que quem sai da linha, seja primo ou amigo, leva chumbo. Vamos rever a trilogia do Poderoso Chefão, que proponho entre para o currículo das escolas sem partido. Um ensinamento indispensável para o Brasil dos temer, serras e bolsonaros.
Enquanto isso, corem de vergonha os herdeiros do trono, uma portaria ministerial revoga a Lei Áurea. Uma reivindicação dos derrotados de 1930. E assim caminha a civilização do retrocesso.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescera injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)
Tudo isso acontecendo e você no sofá!...
EM HOMENAGEM Á VOLTA Á ESCRAVIDÃO PERPETRADA PELO PRESIDENTE GOLPISTA MI SHELL TEMER ,RELEMBREMOS O GRANDE POETA BAIANO CASTRO ALVES.
VOZES D'ÁFRICA
Deus! ó Deus! onde estás que não
respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu
t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o
infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
(...)
Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes
Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.
(...)
A Europa é sempre Europa, a
gloriosa!...
A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã.
Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã!...
Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
Enflora-lhe a cerviz.
O Universo após ela — doudo amante —
Segue cativo o passo delirante
Da grande meretriz.
.......................................
Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada
Em meio das areias esgarrada,
Perdida marcho em vão!
Se choro... bebe o pranto a areia ardente;
Talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão...
(...)Como o profeta em cinza a fronte envolve,
Velo a cabeça no areal que volve
O siroco feroz...
Quando eu passo no Saara amortalhada...
Ai! dizem: "La vai África embuçada
No seu branco albornoz..."
(...)
Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
É, pois, teu peito eterno, inexaurível
De vingança e rancor?...
E que é que fiz, Senhor? que torvo crime
Eu cometi jamais que assim me oprime
Teu gládio vingador?!...
...........................................
i a ciência desertar do Egito...
Vi meu povo seguir — Judeu maldito —
Trilho de perdição.
Depois vi minha prole desgraçada
Pelas garras d'Europa — arrebatada —
Amestrado falcão!...
Cristo! embalde morreste sobre um monte...
Teu sangue não lavou de minha fronte
A mancha original.
Ainda hoje são, por fado adverso,
Meus filhos — alimária do universo,
Eu — pasto universal...
Hoje em meu sangue a América se nutre
— Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se às mais... irmã traidora
Qual de José os vis irmãos outrora
Venderam seu irmão.
(...)Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão p'ra os crimes meus!...
Há dois mil anos... eu soluço um grito...
Escuta o brado meu lá no infinito,
Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...
Nasceu a 14 Março 1847
(Curralinho, Castro Alves, Bahia, Brasil)
(Curralinho, Castro Alves, Bahia, Brasil)
Morreu em 06 Julho 1871
(Salvador, Bahia, Brasil)
(Salvador, Bahia, Brasil)
Antônio Frederico de Castro Alves foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
GOSTOU?VOLTE SEMPRE!
Miriam de Sales é blogueira,escritora e palestrante
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