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domingo, 24 de julho de 2011

BAHIA ACONTECE!














Sábado passado aconteceu como estava previsto o Seminário da União Brasileira de  Escritores,acontecimento que veio ratificar  a presença desta entidade em terras baianas.
O evento contou com a presença de muitos autores ,publicados ou não,produtores culturais ,editoras e afins.
O Governo fez-se presente através da Fundação Pedro Calmon,cujo Presidente Prof. Ubiratan Castro foi um dos palestrantes.
A CBaL,Câmara Baiana do Livro foi representada por Aurélio Schommer e a Academia de Letras da Bahia  ,pelo seu Presidente o Dr. Aramis Ribeiro Costa e a Federação das Academias  pelo Presidente Araken Vaz Galvão.
O evento foi inegavelmente  produtivo ,mas,não me pareceu exatamente um Seminário,mas,sim um encontro de entidades dispostas a mostrar o que estão pretendendo fazer para melhorar a combalida literatura desta terra.
 Nos seminários não podem faltar os debates ,as discussões sobre como tratar determinado tema ou situação,no caso o que fazer para melhorar a situação do “povo do livro” ,na Bahia.Geralmente duram dois ou três dias,formam-se mesas,discute-se  e todas as opiniões são levadas em conta.Eu esperava isso,talvez venha daí a minha decepção.
Entidades importantes não deram as caras e  essa ausência  foi lamentada e sentida.Refiro-me ás outras Academias baianas, á Fundação Casa de Jorge Amado, ao próprio Secretario da Cultura que,sequer se fez representar ,sem falar no Secretário de Educação que a gente sabe que existe e serve para complicar a Educação na Bahia tão carente de bons nomes,mas,nunca foi visto em nenhum evento literário desta cidade.
O Seminário em si virou uma fábrica de sonhos; todos contaram de seus planos,intenções ,mas,de concreto não vi nada.
Na verdade, tudo o que foi dito  já está disponibilizado  no site da UBE e da F.P.C.
O Presidente visitante Sr. Joaquim Botelho limitou-se a falar da próxima reunião dos Escritores Brasileiros na cidade de Ribeirão Preto, no próximo mês de Novembro e só.
Guardou os debates literários para São Paulo, locomotiva da Literatura nacional carregando com muito esforço os vagões vazios do Nordeste.
O que me interessava saber ficou fora da pauta.Sendo a bela cidade de Ribeirão distante cerca de 300km da Capital,como fazer para chegar lá sem um custo muito alto.  
As linhas de ônibus convencionais são o único meio de transporte.Há os aviões da Passaredo  mas,os horários não coincidem com os da Gol ou da Tam e teríamos que , ou  pernoitar num hotel em Sampa ou sair daqui de madrugada para alcançar uma conexão.
Quando fui a Paraty na FLIP do ano passado aluguei uma  van por minha conta e risco, mas,não sei se conseguiria o mesmo tipo de transporte desta vez.
Esperaria ouvir alguma coisa sobre hotéis e alimentação, mas,não consegui obter nenhuma informação. Ainda não comprei minha passagem; primeiro vou espiar se vale a pena o gasto.
Confesso que ando meio desencantada com os rumos da nossa literatura.
As “panelinhas” continuam cozinhando muito bem, os autores continuam desassistidos ,a luta pela feitura e distribuição de livros continua brava e as soluções ficam no blá-blá-blá.
Cansei de me deixar emprenhar pelos ouvidos.
Quero ação!
Não lamentei ter perdido minha tarde de sábado porque os escritores Ruy Espinheira e  Aurélio Schommer,com seus desabafos e cobranças salvaram a  pátria.
E é preciso uma coisa realmente muito importante para me fazer mexer o traseiro da minha cadeira no computador.
Aqui estão os meus leitores e não preciso  de puxar sacos nem lamber botas para crescer e contar com mais de um milhão de leitores na rede.Nada me custa postar apesar de produtores culturais de São Paulo cobrarem muitos milhões para postar um blog que me custa nada.
Poetas,seresteiros,escritores, correi.
É chegada a hora de escrever e cantar sem peias  nem workshops que ensinam o escritor a escrever(!) como se os grandes escritores do passado precisassem disto.
-“Escrever é como quem mija”,dizia outro irreverente ,o Lobato, meu mentor e guia.
Se conselho fosse bom ninguém dava de graça,mas,escutem esse:
Migrem para a Internet,façam e-books de custo baixo,escrevam blogs inteligentes,publiquem seus livros na rede.
Deixem que as Editoras corram atrás de vocês; afinal,a mercadoria das editoras e livreiros somos nós.
Estou pensando em disponibilizar meus livros pela Internet,gratuitamente,pois,se nada ganho também nada gasto.
Mas, atingirei o mercado mundial e meus pensamentos atravessarão fronteiras.
Não é isso que deseja o escritor?
















FALA,ESCRITOR:





13 comentários:

  1. Miriam querida, quer um pouco mais de alfinetes ?
    Beijo minha linda.

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  2. Pois minha amiga, voce que está no centro desta coisa toda, que batalha para divulgar suas obras, vem com um depoimento deste,com todas pimentas da boa terra.Que posso eu simples escrivinhador? Então como a querida Marina, oferece mais alfinetes e espinhos para cutucar a bunda destes que seriam os responsaveis pela educação e cultura de nossa Bahia.
    Um abração Miriam de toda paz.
    Bju de luz nos seus dias.

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  3. Miriam, eu participei de três reuniões em três academias de letras de três cidades e me fizeram todas elas confirmar o não que eu já pensava em dizer quanto a participar de academias. Me pareceu mais palanque e passarelas para desfile de vaidades absurdas do que qualquer outra tentativa de dar uma força efetiva à literatura. Abraços, minha amiga e vamos seguindo nestas trilhas paralelas, porém mais sólidas, promissoras e mais edificantes. Abraços e ótima semana. Paz e bem.

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  4. Querida Marina, aceito todos os alfinetes que vc me passar quando o meu estoque diminuir.
    Mil bjs apimentados

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  5. Toninho,não digo q/ esteja desencantada com a Literatura,na realidade uma vítima deste "establishment" vesgo; mas,quanto mais conheço essas entidades ,mas,eu gosto da Internet.
    Pios é aqui q/ vc está. bjs

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  6. Amado Cacá,sei que dar murro em faca de ponta não é bom para a saúde,mas,fazer o que se nasci com esse defeito de fabricação?
    Aproveito para lhe dar um grande abraço pelo nosso dia. bjs

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  7. Miriam: Concordo com quase tudo o que dizes.
    Talvez o maior problema daquele encontro tenhas sido o tempo curto. Por outro lado, fui pensando em um encontro comemorativo, ou seja, festivo pelo dia do Escritor.
    Araken

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  8. Pois é;qdo falaram em Seminário esperei outra coisa.
    bjs

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  9. O Brasil, em geral, amiga, está precisando de muito mais ação: em todos os setores!
    Beeeeijos!

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  10. Não sou escritora,mas estou a par desses encontros, batizados de Seminários, Colóquios, o "diabo a quatro". As decepções são constantes, nos resultados.Você tem toda razão em "espernear", Mirim.Vejo aí, no seu justo desabafo, a questão dos "eternos" centros Rio e São Paulo, isto em qualquer arte: cinema, teatro, música literatura.
    Só nesses 2 polos, "rola" interesse, dão valor,
    acham "tudo de bom". O nordeste, é o polo cultural menos aquinhoado...principalmente pelo governo, quando dos incentivos.
    Quem sabe, um dia a coisa muda...resta essa esperança...

    Um abraço.

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  11. Oh,Lúcia,ainda bem q/ esta é a última que morre.
    Mas,es mesma,estou ficando cansada de esmurrar faca de ponta.
    O que vejo é "muito barulho prá nada" como na peça de Shakespeare.
    No Nordeste ainda cultuamos as tradições,nossas raízes como vc faz tão bem na "Cadeirinha de Arruar",um dos mais lindos blogs da Net.
    bjs

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  12. Mirian amei a tua crônica, tanta gente boa escrevendo e ninguém vai ler nunca, não entendo muito bem o que acontece, mas acho que só quem já é famoso ou tem recursos para se custear é que consegue alguma coisa, uma triste realidade, eu pelo menos que adoro ler, penso quanta coisa boa estou deixando de ler, uma grande luta, mas não perca a esperança, e se uma zé ninguém puder ajudar com alguma coisa conte comigo, beijos Luconi

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