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quinta-feira, 6 de maio de 2010

UMA NOVA LEI PARA A CULTURA



Numa reunião bastante concorrida , onde compareceram todos os segmentos das artes na Bahia, o Ministro Juca Ferreira apresentou a nova lei para a cultura de um novo século.
Artistas,produtores, escritores, empresários e cidadãos em geral compareceram para ouvir as novidades no setor ,principalmente os projetos que irão substituir a Lei Rouanet , que ,segundo o próprio criador ,não atingiu os objetivos para os quais foi criada. ,nos seus dezoito a nos de vigência.
Essa lei , que veio para beneficiar , gerou distorções,como uma indecente concentração em termos territoriais e de proponentes.
Por conta disso ,muitos Estados ficaram de fora ou receberam apenas migalhas para seus projetos.
Pais de enorme diversidade cultural , o Brasil precisa dar mais atenção aos Estados do Norte e Nordeste até então esmagados pela concentração de recursos para o Sul e o Sudeste ,gerando dois brasis diferentes e tratados muito diferencialmente entre si.
Temos que assimilar toda a cultura do pais ,da ópera ao jongo , da dança clássica ao maculelê ,da bossa – nova ao xaxado.
Os artistas e produtores não devem mais depender de patrocinadores e andar de cuia na mão ,gastando sola de sapato (como canta a música de Gil),mesmo porque ,aqui não custa barato ,e ,o artista se desgasta , se apequena ,se decepciona ,perdendo o pais uma grande expressão da sua nacionalidade ,por descaso ou desânimo.
Projetos de teatro, música , leitura, bibliotecas , museus e patrimônios não podem depender apenas do interesse de marketing das empresas para ter reconhecimento da sua qualidade e importância e viabilizar suas atividades, diz o Ministro.
Precisamos de um pais culturalmente uniforme,com sua diversidade respeitada e valorizada ,cujo acesso seja direito de todos ,formando uma geração de cidadãos plenos e informados.
Cabe ao Estado agir com rapidez e imparcialidade ,avaliar resultados e diminuir a burocracia.
A nova lei dá força ao orçamento,cria um novo Fundo Nacional de Cultura á altura da demanda e da qualidade da nossa cultura nacional.Desburocratiza procedimentos e estabiliza uma parceria entre o artista e a sociedade.Garante assim ,a chegada dos recursos com lisura e rapidez,sem intermediários,sem despachantes e sem burocracias desnecessárias.
É claro que esses segmentos que sempre ficavam com a parte do leão não ficarão satisfeitos e seus” lobbies” já devem estar trabalhando contra.
Não importa.O projeto segue e a lei já é uma realidade,pois nasce sintonizada com as qualidades da cultura brasileira.
Essa mudança faz-se necessária , pois,apenas 3% dos proponentes ficam com 50% dos recursos captados. Infelizmente,esse modelo não estimulou o pluralismo cultural ,regional ou estético.Nem se baseou em critérios públicos ,pois ,a escolha do patrocinador muitas vezes se pautava pelo reforço da marca da empresa, reforçando a presença de um Estado cada vez mais corporativo.
Observem a quantas anda a nossa realidade cultural:
75% dos municípios não têm um centro cultural.
Só 14% dos brasileiros freqüentam cinema uma vez por mês.
92% dos brasileiros nunca estiveram num museu.
93% nunca foram a uma galeria de Arte.
78% nunca assistiram a um espetáculo de dança.
Fonte:IBGE
Está ou não está na hora de mudar esse quadro?
Vejam o mapa:
50% dos recursos captados ficam concentrados em apenas 3% dos proponentes.
Entenderam porque sá há vida inteligente no Sul e Sudeste?
Acesse e participe:
http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet

2 comentários:

  1. Miriam, é impressionante como a cultura é uma "peça" das muitas indústrias que temos no capitalismo. Os recuros destinados a ela migram na mesma direção que o fluxo da maior parte das mercadorias. Ou seja, importa a venda e não a qualidade das obras. Se isso não mudar ainda neste ano, vai depender muito de quem vai ser o proximo governo para dar continuidade a esse projeto muito mais abrangente e interessante. Abraços. Paz e bem.

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  2. Gostaria q/vc estivesse presente ao encontro c/ o Ministro,q/me impressionou muito bem;talvez,tudo seja utopia,pois,com o congresso q/temos e a concentração de renda entre os capilalistas do Sul,fica difícil mudar alguma coisa. bjs

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