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segunda-feira, 7 de junho de 2010

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE REVISITADO!

OBRA "ALGUMA POESIA O LIVRO EM SEU TEMPO " REPRODUZ OS TRABALHOS DO COMEÇO DA CARREIRA DO POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

O ano de 1930 entrou para a história da poesia brasileira – a afirmação, do poeta Eucanaã Ferraz é totalmente pertinente. Afinal, foi naquela data que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) estreou na literatura com “Alguma Poesia”. E, oito décadas depois, seus poemas ainda conservam o frescor exclusivo dos clássicos.


Ferraz é o organizador de “Alguma Poesia – O Livro em Seu Tempo”, edição fac-similar da primeira edição da obra de Drummond.
Traz ainda reproduções de originais do poeta e, mais importante, da correspondência que ele trocou com Mario de Andrade, cujas observações foram decisivas para a publicação.

“Em suas cartas, Mario definiu extraordinariamente a marcha da formação de Drummond como poeta e personalidade”, escreve ele, na introdução, acrescentando que o jovem poeta mineiro – “tímido e inexperiente”, como se definia – já compunha, naqueles anos de formação, “versos incomuns, de construção habilidosa, imantados pela inquietude estética e, a um só tempo, existencial que definiria sua poética mais madura”.

Então com 28 anos, o poeta enfrentou as dificuldades habituais de um iniciante: sob o selo imaginário Edições Pindorama, criado por Eduardo Frieiro, romancista, tipógrafo e seu amigo pessoal, foram impressos 500 exemplares, pagos do seu próprio bolso sob a chancela da Imprensa Oficial (em que trabalhava como redator), mediante descontos em sua folha de vencimentos.

O livro abre com “Poema de Sete Faces” (Quando nasci, um anjo torto / desses que vivem na sombra /falou: Vai, Carlos, ser gauche na vida). O material traz o emblemático “No Meio do Caminho” (No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho / tinha uma pedra / no meio do caminho tinha uma pedra), que Mario de Andrade considerou formidável mas fruto de um cansaço intelectual.
“De fato assim é. Mas que é que se procura num poema, – é poesia, sim ou não? Há ocasiões em que o cansaço cerebral só fica uma célula lírica aporrinhando com uma baita força emotiva”, comentou Manuel Bandeira, em uma carta.


Transcrito do jornal "A Notícia"

2 comentários:

  1. Olá linda semana pra vc amiga, eu tb estive a postar alguma coisa sobre Drummond nestes dias, beijos Bela homenagem, parabéns.

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  2. Amiga,refresque essa memória j´meio desligada.
    Qual é seu blog ou site?
    Quero visitar. bjks

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