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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A BOA LITERATURA ESTÁ DE LUTO!...





O escritor americano Jerome David Salinger morreu ontem,aos 91 anos,de causas naturais,em sua casa,em New Hampshire,nos Estados Unidos.
Nasceu em Manhattan,em 1919,filho de pai judeu polonês e mãe irlandesa.Começou na literatura escrevendo seus contos numa revista,The New Yorker.
Depois de escrever um livro magistral,”O Apanhador no Campo de Centeio”,a mais completa obra sobre os questionamentos e temores e rebeldias de um adolescente,cujo personagem,Holden Caufield,tornou-se o símbolo de uma geração pós-guerra,Salinger ,isolou-se.
Não deu bola para a fama,nem saiu por ai dando entrevistas,nem visitou os inúmeros países onde seu livro foi traduzido e digerido,através das 60 milhões de cópias espalhadas pelo mundo.
Preferiu a solidão e o anonimato.
Ainda escreveu,publicamente,outros livros:Nove Histórias,Fanny & Zooey,e,Carpinteiros,Levantem Bem Alto a Cumeeira, e Seymor,publicados no Brasil.
Seu último trabalho,Hapworth16 ,que eu saiba,nunca chegou até aqui.1924
Dizia que , escrever ,sim,mas,não lhe interessava publicar seu trabalho.Era imune à vaidade de ser lido,analisado,comentado.
-Publicar,pensava,constitui uma invasão da minha privacidade;eu gosto de escrever.Amo escrever.Mas,escrevo apenas para mim e para meu prazer pessoal.
E,foi assim,que,por telefone,em 1974,despachou o New York Times,que queria uma entrevista.
Esse procedimento não é incomum entre os verdadeiros escritores.Temos vários exemplos,entre eles,Rubem Fonseca,que preferem manter sua privacidade,que defendem com unhas e dentes.Afinal,são acadêmicos,não pop-star.
A nós,só resta lamentar mais esse desfalque na literatura mundial.
Não preciso dizer que,”O apanhador no campo de centeio,” um livro que marcou minha geração,era apenas uma narrativa comum sobre um adolescente rico que voltava para casa,esperando ser escrachado pelos pais por ter perdido todas as matérias,no pomposo colégio onde estudava.
Suas reflexões durante a viagem de trem,mudaram o modo de pensar da juventude americana e,a nossa,também.
Os jovens aprenderam a ter voz,idéias próprias e...fazê-las valer.
Realmente,foi um Mestre!

Um comentário:

  1. Olá, amiga. Esse livro é deveras marcante para toda uma geração. E o melhor, permanece a sua temática, atual como nunca. Meu abraço. Paz e bem.

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