Como a paciência não é uma das minhas principais qualidades,fui correndo á Livraria Saraiva e comprei “A Viagem do Elefante”,o novo livro de Saramago.
Mal cheguei em casa,agarrei-me ao exemplar, como se fosse o cornaca Subhro, tratador e condutor do dito elefante Salomão, personagem mais importante dessa historia,onde havia gente de tanta importância como rei, rainha e arquiduques.
Dizem que esta estória verídica, narrando uma viagem de um elefante indiano de Lisboa a Viena, como um presente do rei D.João III ao Arquiduque Maximiliano,da Áustria, é o melhor dos livros escritos pelo genial escritor;mas,se diz isso de todos os seus livros.O livro é realmente magistral, a gente agarra nele e não consegue soltar, a leitura prende, queremos saber como termina,como o elefante Salomão,cujo nome foi mudado á sua revelia para Solimão,ao bel prazer do Arquiduque, (cujo poder muda nomes e vidas não só de elefantes como de pessoas e até países,) conseguiu chegar,se é que chegaria, tendo que atravessar Portugal, Espanha, Itália e Áustria, numa temível viagem através dos Alpes, em pleno inverno, ele, um joguete na mão dos poderosos, como aliás,todos nós.O povo, já dizia uma malfadada ministra de execrável memória, o povo é só um detalhe.
Usando a viagem para os fins que pretendia, Saramago ataca a igreja e o capitalismo, seus alvos constantes e torna a viagem desse elefante uma analogia com a vida das pessoas, indefesas diante do imponderável.
Vale ressaltar a figura do cornaca , tratador e guia do elefante, que por um capricho arquiducal passou a chamar-se Fritz, como muitos se chamam assim na Áustria, embora gostasse de continuar usando o seu nome de nascimento, Subhro, que significava Branco, mesmo porque milhões de fritzs que habitam os países germânicos, nada têm em comum com um guia de elefante indiano, portanto único em toda a Europa.
A Igreja apanha na figura daquele padre em Pádua, que encomenda um milagre ao cornaca, pedindo que faça o elefante ajoelhar diante da Igreja de Santo Antonio,para honra e gloria da Santa Madre Igreja, açoitada pelo látego de Lutero.
Donde a gente conclui a origem de todos os outros milagres.
Quem ainda não leu, que vá correndo comprar.É um dos mais belos livros que já li.Será apresentado a um dos mais belos livros do maior escritor contemporâneo , de língua portuguesa.
*Re-edição
PALAVRA DO LEITOR:José Cláudio Adão,escritor mineiro
Você tem razão. Cada novo livro do Saramago é a presentado como a sua melhor obra. E é mesmo. Cada um melhor do que o outro. Obrigado. Abraços.
Em 23/04/10 ás 18.03hs
Em 23/04/10 ás 18.03hs
Peço desculpas por não comentar sobre o post, mas gostaria de agradecer a sua rica presença hoje no nosso encontro do Clube do Livro Saraiva. Foi muito gratificante ter você por lá...adoooooorei!!!! Bjkas Rosana
ResponderExcluirOi,Rosana,sentei agora aqui no PC p/escrever umas mal-traçadas e estava pensando na tarde gratificante q/vcs me proporcionaram ontem,da qual falarei melhor,amanhã.O grupo é adorável e pretendo estar sempre c/vcs ,além de divulgar e levar mais pessoas.Meu neto adorou e quer participar tb. bjks e obrigada.
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