Maria acordou ás sete da manhã,meio estremunhada;olhou o relógio de cabeceira, aflita;hora de preparar os ovos mexidos e as torradas para a refeição matinal do marido.
Levantou-se, fez sua higiene pessoal, deu remédio ao velho cachorro de estimação, colocou leite na sua tigela e chamou o marido pois, já estava tudo preparado.
Maria agora era cozinheira, copeira e garçonete.
Sentou-se um pouco, passou a vista no jornal – só tragédias e crimes como sempre –engoliu um café preto com bolachinhas, como gostava e foi lavar a louça.
Despachado o marido para o escritório, varreu e passou um pano na casa, lavou e esterilizou o terraço onde o cão fazia as necessidades; lavou e perfumou o banheiro trocou as toalhas que pôs no cesto ; o cheiro bom de limpeza fez com que ela respirasse fundo,satisfeita.
Apanhou um livro, leu umas poucas páginas e foi colocar umas roupinhas na máquina.
Fez uma pequena prece silenciosa para todos aqueles caras que inventaram os eletro domésticos e encarou o serviço.Ligar, lavar, enxaguar, torcer,estender, secar.
Maria agora era lavadeira.
Maria tinha computador em casa, mas,nunca o abria; faltava tempo. E , ela bem que gostava de entrar no Facebook, jogar “Farm”, conversar com amigos virtuais.
11 hs da manhã –êta raio de tempo que corre – Maria foi dar o remédio do cachorro, passar pomada num machucado, preparar a ração.
Maria agora era veterinária.
Entrou na cozinha – preparar o que para hoje!? –decidiu-se por fazer um pouco de feijão, arroz temperado e um frango assado.Nada mais doméstico e trivial.
Sobremesa, gelatina de limão; o marido,adorava!
Limonada, para acompanhar.
Maria agora era chefe – de – cozinha.
Comeu frugalmente uma salada, tomou um suco e foi passar roupa.
Maria agora era passadeira.
Ás três Maria saiu ali perto até a agencia bancária para pagar contas.Enfrentou fila – Maria estava beirando os setenta,mas,agora tem tanto velho nas filas –depois,aproveitou para passar na padaria,buscar o pão quente.
Maria agora era secretária.
Ás cinco chegou o marido e, como sempre, ligou a TV.
Precisou de Maria para trazer-lhe as pílulas e um pouco de chá.
Foi até a cozinha, trouxe-lhe o jantar, depois lavou a louça.
Maria agora era enfermeira.
O marido, a TV, o cachorro ressonando na sala, seu mundo.
Maria apanhou linha, agulha e tesoura foi pregar uns botões numa camisa.
Maria agora era costureira.
A noite chegou exibindo uma bela e luminosa lua que Maria não reparou.
Saiu no terraço, verificou os portões, lavou mais um xixi do cachorro, molhou as plantas, consertou um pé de jibóia que estava se estendendo pelo chão,apagou as luzes,entrou em casa,apanhou um iogurte para o marido que lhe disse-Vou me deitar.Você vem?
Maria agora era jardineira.
Maria olhou cada cômodo da casa, verificou a geladeira, colocou o garrafão de água mineral no bebedouro doméstico, apagou a TV, verificou as janelas, e, enfim,foi deitar-se.
O marido reclamou:
-Não sei porque você demora tanto;não faz nada!
Maria puxou a coberta, enroscou-se nela.
Maria não sabia mais quem ela era.
Levantou-se, fez sua higiene pessoal, deu remédio ao velho cachorro de estimação, colocou leite na sua tigela e chamou o marido pois, já estava tudo preparado.
Maria agora era cozinheira, copeira e garçonete.
Sentou-se um pouco, passou a vista no jornal – só tragédias e crimes como sempre –engoliu um café preto com bolachinhas, como gostava e foi lavar a louça.
Despachado o marido para o escritório, varreu e passou um pano na casa, lavou e esterilizou o terraço onde o cão fazia as necessidades; lavou e perfumou o banheiro trocou as toalhas que pôs no cesto ; o cheiro bom de limpeza fez com que ela respirasse fundo,satisfeita.
Apanhou um livro, leu umas poucas páginas e foi colocar umas roupinhas na máquina.
Fez uma pequena prece silenciosa para todos aqueles caras que inventaram os eletro domésticos e encarou o serviço.Ligar, lavar, enxaguar, torcer,estender, secar.
Maria agora era lavadeira.
Maria tinha computador em casa, mas,nunca o abria; faltava tempo. E , ela bem que gostava de entrar no Facebook, jogar “Farm”, conversar com amigos virtuais.
11 hs da manhã –êta raio de tempo que corre – Maria foi dar o remédio do cachorro, passar pomada num machucado, preparar a ração.
Maria agora era veterinária.
Entrou na cozinha – preparar o que para hoje!? –decidiu-se por fazer um pouco de feijão, arroz temperado e um frango assado.Nada mais doméstico e trivial.
Sobremesa, gelatina de limão; o marido,adorava!
Limonada, para acompanhar.
Maria agora era chefe – de – cozinha.
Comeu frugalmente uma salada, tomou um suco e foi passar roupa.
Maria agora era passadeira.
Ás três Maria saiu ali perto até a agencia bancária para pagar contas.Enfrentou fila – Maria estava beirando os setenta,mas,agora tem tanto velho nas filas –depois,aproveitou para passar na padaria,buscar o pão quente.
Maria agora era secretária.
Ás cinco chegou o marido e, como sempre, ligou a TV.
Precisou de Maria para trazer-lhe as pílulas e um pouco de chá.
Foi até a cozinha, trouxe-lhe o jantar, depois lavou a louça.
Maria agora era enfermeira.
O marido, a TV, o cachorro ressonando na sala, seu mundo.
Maria apanhou linha, agulha e tesoura foi pregar uns botões numa camisa.
Maria agora era costureira.
A noite chegou exibindo uma bela e luminosa lua que Maria não reparou.
Saiu no terraço, verificou os portões, lavou mais um xixi do cachorro, molhou as plantas, consertou um pé de jibóia que estava se estendendo pelo chão,apagou as luzes,entrou em casa,apanhou um iogurte para o marido que lhe disse-Vou me deitar.Você vem?
Maria agora era jardineira.
Maria olhou cada cômodo da casa, verificou a geladeira, colocou o garrafão de água mineral no bebedouro doméstico, apagou a TV, verificou as janelas, e, enfim,foi deitar-se.
O marido reclamou:
-Não sei porque você demora tanto;não faz nada!
Maria puxou a coberta, enroscou-se nela.
Maria não sabia mais quem ela era.
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FALA O LEITOR:
Jose Caudio ,escritor mineiro
- Eu sempre fiz um pouco de serviços domésticos e agora faço um pouco mais pelo fato de ficar mais em casa. Mas vou lhe dizer: NINGUÉM RECONHECE. Só se dá valor se tiver alguma coisa suja, alguma coisa faltando. As mulheres tinham mesmo que dar o grito da libertação. Ou o contrário, que seria melhor (mas creio quase impossível)os homens serem mais companheiros.
Paz e Bem!
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